As bebidas estavam em geladeiras e prateleiras de supermercados, padarias, postos de combustíveis e bares. Do total, 29 latinhas apresentaram micro-organismos na tampa, onde ocorre o contato com a boca, segundo a análise da doutora em ciências de alimentos Rosana Siqueira.
O material retirado das tampas com cotonetes foi colocado em estufa durante alguns dias. Dentre os micro-organismos encontrados, a pesquisadora dá destaque para os coliformes fecais, o que indica a presença de fezes nas latas.
“Diarreia, pode ter vômitos, febre, dores abdominais. Problemas como conjuntivite, otite ou até mesmo infecção urinária”, lista a doutora como possíveis resultados do contato humano com os micro-organismos.
Em época de carnaval, muitos foliões optam por comprar as bebidas diretamente nos blocos ou nos comércios por onde a folia passa. Segundo Siqueira, o uso de papel para limpar a tampa das latas até ajuda, mas não é suficiente para remover toda a sujeira.
Ela também alerta para o uso de copos. “O copo, se você não limpou a latinha, não adianta, você vai consumir, ingerir os micro-organismos da mesma maneira”.
Para consumir água, a melhor alternativa é comprar de garrafas. No caso dos copinhos com alumínio, o ideal é evitar o contato direto com a boca. A pesquisadora também não recomenda compartilhar latinhas com os amigos.
“As bactérias da sua boca já vão ficar ali naquela latinha. Se você pega de uma pessoa, aquelas bactérias também vão entrar em contato com a sua boca”, afirma.
Fonte: Portal G1
A Abralatas, Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio, fez uma pronuncia
“Análise em laboratório encontra 45 mil bactérias e 9,7 mil fungos em latinha de bebida”, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), informa que não são conhecidos quaisquer registros oficiais, no Brasil ou no exterior, de incidentes ou mesmo de simples contaminação de pessoas atribuídos a latas para bebidas.
Corroborando a posição da Abralatas, Parecer Técnico da ANVISA sobre bebidas embaladas em latas de alumínio ou outro metal afirma que “não existem estudos científicos que comprovem a ocorrência de doenças transmitidas por meio de embalagens de refrigerantes ou cervejas”.
Estudos do Centro de Tecnologia em Embalagem (CETEA) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), do Governo do Estado de São Paulo, demonstraram que a lata apresenta boas condições higiênico-sanitárias, absolutamente condizentes com as mais rigorosas exigências dos órgãos de fiscalização.
A lata de alumínio é a embalagem mais reciclada do mundo. No Brasil, 97,3% das latas de alumínio para bebidas vendidas são recicladas, poupando recursos naturais e gerando renda para cerca de 1 milhão de pessoas.
No período do carnaval, quando esse consumo das latinhas aumenta, inclusive por praticidade e questão de segurança, é de fundamental importância que os estabelecimentos comerciais armazenem e cuidem dos produtos de forma adequada, garantindo ao consumidor final a mesma qualidade das mercadorias.