Na tarde de ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se posicionou de forma contundente em defesa da soberania do Brasil, após a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovar um projeto de lei que busca proibir sua entrada em território norte-americano. Em tom firme, Moraes deixou claro que não aceitará intimidações estrangeiras contra as instituições brasileiras e citou a icônica frase de Guimarães Rosa: “A vida quer da gente é coragem”.
A movimentação no Congresso americano é reflexo direto da pressão de grupos ligados à extrema direita internacional, que acusam o ministro de cercear liberdades e promover perseguições políticas. No entanto, para Moraes, essa tentativa de interferência externa é inaceitável e afronta a soberania brasileira.
“Não é papel de nenhum parlamento estrangeiro julgar ou monitorar o funcionamento das nossas instituições democráticas. O Brasil é uma nação soberana, com uma Constituição sólida e um sistema de Justiça independente”, afirmou o ministro em discurso duro, que rapidamente repercutiu nas redes sociais e nos meios jurídicos.
O projeto de lei aprovado em comissão da Câmara dos EUA tem como objetivo criar sanções específicas contra autoridades de outros países acusadas de violar direitos humanos ou promover censura política. Na visão de parlamentares americanos alinhados a esse movimento, Moraes teria ultrapassado limites ao determinar bloqueios de contas em redes sociais, investigações sobre atos antidemocráticos e punições a propagadores de fake news.
A reação no Brasil foi imediata. Parlamentares, juristas e lideranças políticas saíram em defesa de Alexandre de Moraes, ressaltando que suas ações têm sido fundamentais para a defesa do Estado Democrático de Direito, especialmente diante das ameaças e ataques que a democracia brasileira sofreu nos últimos anos.
“Quem tem que julgar Alexandre de Moraes são os brasileiros e as instituições brasileiras. Essa tentativa de tutelar o Brasil a partir de Washington é colonialismo disfarçado de defesa de direitos”, declarou um senador governista.
Em sua fala, Moraes ainda reforçou que não teme retaliações e que continuará cumprindo seu papel de guardião da Constituição brasileira. “Nenhum ministro do STF trabalha para agradar ou desagradar países estrangeiros. Trabalhamos para garantir que a democracia brasileira prevaleça e que a Constituição seja respeitada. Se para isso for preciso coragem, que assim seja”, disse.
A frase “A vida quer da gente é coragem”, de Guimarães Rosa, sintetizou o espírito do momento. Em meio a uma crise diplomática em potencial, o recado do ministro foi claro: o Brasil não aceitará ser tratado como uma republiqueta e não permitirá que decisões judiciais tomadas em solo brasileiro sejam submetidas a tribunais estrangeiros.
O embate entre Alexandre de Moraes e setores conservadores internacionais promete novos capítulos nos próximos dias. Enquanto isso, a sociedade brasileira assiste a mais um episódio que coloca em jogo não apenas a reputação de um ministro, mas a própria capacidade do Brasil de se posicionar com altivez no cenário global.



