COMO ESTIMULAR CRIANÇAS A TEREM HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS
A alimentação infantil hoje é um grande dilema em nossa sociedade. Antigamente, prevalecia a desnutrição infantil, no entanto, hoje vivemos uma epidemia de obesidade. Este fato ocorre, devido às mudanças no comportamento alimentar das crianças.
As orientações em relação à introdução alimentar, sofreram mudanças. Além do que, atualmente, temos uma oferta maior de produtos voltados para alimentação infantil.
Não é fácil fazer as crianças se alimentarem de forma saudável e os comportamentos alimentares dos adultos são de grande influência na educação nutricional das crianças.
A aceitação alimentar é determinada por fatores pessoais e ambientais. Por uma questão inata, de necessidade energética, os sabores doce e salgado costumam ser melhores aceitos pelas crianças. Que precisam aprender a gostar dos sabores amargo e azedo, em geral, com baixa densidade energética, como certas frutas, verduras e legumes.
No início da introdução alimentar, a resistência ou dificuldade de experimentar novos alimentos atua como proteção para impedir que se coma algo que não seja comestível, que esteja estragado ou intoxicado.
É primordial termos em mente, que as preferências alimentares são modificáveis ao longo dos anos, por isso, a educação nutricional deve ser constante para que os hábitos adquiridos não sejam perdidos e que novos hábitos saudáveis sejam incorporados constantemente.
Algumas ações que podem ser praticadas no dia a dia e irão facilitar a relação da criança com a comida e estimulá-la a experimentar novos alimentos:
– deixar que a criança participe de forma ativa na escolha dos cardápios, sendo esse almoço, jantar ou, até mesmo, do lanche;
– convidá-las para cozinhar, entrando em contato com a comida e desenvolvendo sua autonomia. Algumas atividades que podem ser estimuladas em crianças menores são: pegar os alimentos para os adultos, lavar as frutas e verduras, descascar os alimentos com auxílio de descascadores e ralar os legumes;
-criar um ambiente com qualidade e variedade de alimentos. Além de evitar comer em frente a aparelhos eletrônicos, como TV e celulares, para que se tenha maior interação com a refeição e entre os familiares;
-criar horários regulares para as refeições e evitar comer nestes intervalos;
-dar autonomia para a criança escolher o quanto e o que irá comer dos alimentos oferecidos nas refeições, sempre reforçando a importância de uma alimentação diversificada em cor e sabor.
Patrícia Santanna – Nutricionista
CRN 05100214
@nutri.patriciasantanna
Referência: Nutrição Comportamental / Marle Alvarenga… (et al.) – 2. Ed. – Barueri [SP]: Manole, 2019.