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Um homem aguarda desde abril de 2018 no Rio por uma cirurgia reparadora num braço quebrado. O pedreiro José Luiz Vicente, 47 anos, chegou a pedir para lhe amputarem, tamanha a dor.
O paciente deveria ter sido operado no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na Tijuca. A unidade marcou o procedimento três vezes e chegou a internar José, mas alegou “impedimentos” e cancelou a intervenção em cima da hora, mesmo com o pré-operatório feito.
Um ano e meio de dores
José caiu da laje de casa em dezembro de 2017. A queda de 12 metros quase lhe custou a vida.
O pedreiro ficou 41 dias em coma e sofreu múltiplas fraturas – não apenas no braço, quebrado em diferentes pontos e praticamente solto desde então. A bacia ficou em estilhaços, o crânio teve afundamento, e seu pulmão foi perfurado.
A primeira internação foi no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Lá foram três cirurgias emergenciais – uma no braço -, mas o reparo definitivo deveria ser feito posteriormente. José depende de uma placa para fixar o braço.
José sofre com fortes dores, que o impedem de dormir. Ele trabalhou a vida toda como pedreiro, mas agora está parado, sem receber nenhum auxílio do INSS. A esposa sustenta a família com um salário mínimo de doméstica.
O que diz o hospital
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle informou em nota que se compromete, nesta sexta-feira (19), a analisar com detalhes o caso do paciente e identificar quais foram os problemas e buscar formas de solucioná-los, “caso seja identificado que a unidade tenha gestão sobre ele”.
G1