Uma ex-estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), condenada por desviar quase R$ 1 milhão da festa de formatura da turma, conseguiu obter seu registro profissional como médica. O caso gerou revolta entre ex-colegas e levantou questionamentos sobre a ética na profissão.
A jovem, que ocupava um cargo de confiança na comissão de formatura, foi acusada de transferir valores destinados à festa para contas pessoais e de terceiros. O desvio, descoberto pouco antes da cerimônia, deixou centenas de estudantes sem a celebração planejada e resultou em uma longa batalha judicial.
Apesar da condenação, que incluiu a obrigação de ressarcir parte do valor desviado, a ex-estudante conseguiu concluir o curso de medicina e registrar-se no Conselho Regional de Medicina (CRM). A decisão provocou indignação, principalmente entre os ex-alunos prejudicados, que ainda tentam reaver o dinheiro perdido.
A polêmica reacende o debate sobre os critérios éticos para a concessão do registro profissional. Para muitos, o fato de alguém condenado por fraude conseguir exercer uma profissão que exige alto nível de confiança pública é preocupante.
Até o momento, o CRM não se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, a médica segue sua carreira, mas sob o olhar atento da opinião pública.



