Davi Ricardo Moreira Amâncio, segurança do Supermercado Extra da Barra da Tijuca que é suspeito de causar a morte de Pedro Gonzaga, de 19 anos, na última quinta-feira, ao imobilizar o jovem com um golpe conhecido como mata-leão, poderá passar a responder por crime de homicídio doloso, ou seja quando há intenção de matar. No dia da morte, o segurança foi autuado por homicídio culposo, quando não existe intenção. Na ocasião, ele pagou fiança de R$ 10 mil e foi liberado. Laudo do IML confirmou que o rapaz morreu asfixiado por estrangulamento.
Nesta segunda-feira, o delegado Antônio Ricardo, diretor do Departamento Geral de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) disse que a tipificação do crime pode mudar.
— A tipificação ainda não está fechada. Temos um prazo se 30 dias para concluir a investigação. Se tivermos indicadores que houve homicídio doloso, ou seja, que o segurança assumiu o risco de morte, a investigação será alterada — disse o diretor do DHPP.
Nesta segunda-feira, a Divisão de Homicídios recebeu novas imagens de câmeras de segurança do supermercado. Elas serão confrontadas com a versão dada pelo segurança, que afirmou que Pedro tentou tirar a arma do coldre que Davi levava. A Polícia Civil também já recebeu o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Pedro Gonzaga. Peritos revelaram que o rapaz morreu por asfixia causada por estrangulamento. A investigação também já apurou que o rapaz ainda chegou vivo na Unidade de Pronto Atendimento da Barra. Ele recebeu os primeiros socorros, mas após sofrer três paradas cardiorrespiratórias, acabou não resistindo. Nesta terça-feira, a mãe do rapaz, que estava com ele quando o segurança o imobilizou dentro do supermercado, será ouvida pela polícia.
O depoimento está marcado para ocorrer às 14h. Se a Polícia Civil concluir que houve homicídio doloso qualificado e não um homicídio culposo, o segurança estará sujeito a uma pena , em caso de condenação, que vai de 20 a 30 anos de prisão.