A Uber decidiu suspender um de seus motoristas depois que um relato de agressão física a dois passageiros do aplicativo viralizar nas redes sociais. Ele está impedido de realizar corridas pelo aplicativo até o fim das investigações do caso.
A agressão aconteceu na noite da última terça-feira depois de uma confusão envolvendo o preço final da corrida. O produtor e diretor audiovisual Rafael Lundgren, de 26 anos, estava trabalhando na Lagoa, Zona Sul do Rio, e pediu um carro para levá-lo em casa, na Tijuca, junto com uma amiga. Ao final da corrida, o aplicativo mostrou que o preço total era de R$ 7, o que irritou o motorista.
— Ele disse que jamais daria esse valor porque estava com preço dinâmico e que eu deveria pagar R$ 45. Eu disse que iria pagar o que estava mostrando no aplicativo, mas aí ele trancou a porta e disse que nos levaria de volta até a Lagoa ou para qualquer lugar que ele quisese e que teríamos que nos virar para voltar para casa. Isso foi a uma quadra da minha casa — contou.
Segundo Lundgren, quando o carro parou no sinal ele e a amiga destracaram a porta para sair do veículo. Quando estava saindo, a jovem falou que o motorista não podia tratar os passageiros assim, mas Lundgren pediu para deixar para lá, saiu do carro e bateu a porta.
— Nisso o motorista saiu do carro reclamando que eu tinha batido a porta muito forte. Minha amiga pegou o celular para fotografar a placa e ele ficou bem agressivo, xingou-a, bateu no braço dela derrubando o telefone e depois a empurrou numa poça — disse.
Lundgren tentou defender a amiga, mas acabou sendo agredido também.
— Ele me deu seis socos seguidos na cara e ficou dizendo que eu não iria revidar porque era viado. Eu estou além da questão do dinheiro, seja lá o que estava passando pela cabeça dele, foi um caso de machismo porque ele foi primeiro para cima dela e depois de homofobia em relação a mim — desabafou.
O caso foi registrado na 18° DP, na Praça da Bandeira, como lesão corporal