Mulher morre durante procedimento estético e família acusa erro médico em clínica na Barra da Tijuca
A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher durante um procedimento estético em uma clínica localizada na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (16). A vítima, identificada como Ingrid Ramos Ferreira, de 42 anos, estava acompanhada de seu filho de 14 anos. A família acusa erro médico e afirma que o local não era adequado para a realização do procedimento.
De acordo com Ícaro Ramos Ferreira, irmão da vítima, a sala comercial onde ocorreu o procedimento foi interditada após a realização da perícia. Ícaro descreveu o local como inadequado, comparando-o a um açougue, e expressou sua angústia diante da tragédia. Ele relatou que a clínica se assemelhava a um “hotelzinho”, sendo uma sala pequena, onde estavam presentes apenas a médica, o marido e um policial.
Ícaro gravou um vídeo no momento em que chegou à clínica, onde outra pessoa menciona que a vítima teria sofrido uma reação alérgica à anestesia. Ele também destacou a presença de remédios vencidos no local, o que poderia ter contribuído para a reação adversa. O irmão afirmou que percebeu imediatamente que se tratava de um lugar inadequado e que eles saíram da clínica aproximadamente duas horas após a chegada.
Segundo Ícaro, Ingrid e a família são originárias da Bahia, mas atualmente residem na Pavuna, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele descreveu a vítima como uma pessoa muito alegre e lamentou profundamente sua perda. Ingrid deixa dois filhos, um de 14 anos, que a acompanhava durante o procedimento, e uma filha de 22 anos, grávida de 8 meses.
Juliana Guedes, cunhada e esposa de Ícaro, explicou que o filho da vítima relatou que sua mãe teve uma convulsão durante a aplicação da anestesia. Além disso, Juliana revelou que foram encontrados medicamentos vencidos no local e que a médica teria escondido todos os materiais utilizados no consultório ao lado, que pertence ao seu esposo.
Juliana também informou que Ingrid havia realizado uma cirurgia de abdominoplastia no ano anterior, mas retornou à clínica em outras ocasiões devido a resultados insatisfatórios. A cunhada explicou que a vítima buscava corrigir um erro no procedimento anterior, pois não estava satisfeita com o resultado. A primeira cirurgia foi realizada em um hospital, enquanto a lipoaspiração nas costas e o procedimento atual foram realizados na mesma clínica, sob responsabilidade da mesma médica.
A família exige justiça diante dessa tragédia e ressalta que essa não é a primeira morte relacionada a procedimentos estéticos. Eles expressam sua preocupação com a segurança e qualidade
