Um procedimento inédito, desenvolvido na Unicamp, em Campinas, em parceria com técnica desenvolvida no Ceará, utilizou a pede do peixe tilápia para reconstruir a vagina de uma mulher trans, qua apresentou fechamento do canal após cirurgia redesignação sexual.
A nova técnica é menos invasiva, tem recuperação mais rápida e permite uma alta mais rápida do paciente. Os tratamentos tradicionais até hoje, utilizavam partes do intestino e segundo o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), responsável por criar o método e aplicação da pele de tilápia em procedimentos ginecológicos, Leonardo Bezerra, durou cerca de três horas, um terço a menos do que seria gasto em um tratamento mais tradicional.
Ele completa afirmando que “A paciente está paciente passa bem, já caminha e urina normalmente”
No Ceará, cirurgias de reconstrução vaginal com a pele de tilápia já foram realizadas em mulheres com síndrome de Rokitansky, agenesia vaginal ou câncer pélvico.
Por conta do sucesso desses procedimentos, a paciente operada em Campinas havia procurado a equipe do professor Leonardo Bezerra, no Ceará. Moradora do Interior de São Paulo, ela não teria como se deslocar até Fortaleza (CE), e a cirurgia foi realizada no Caism.
Segundo Bezerra, o fechamento do canal provoca dores e impedia relações sexuais. O problema teria ocorrido após a cirurgia de redesignação sexual mal feita.
“O procedimento demorou três horas porque fizemos com calma, e também porque havia uma parte remanescente do pênis. A equipe do Caism fez a secção e depois concluímos a reconstrução”, disse.
Fonte: G1.