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‘OREM POR MIM’, PEDE MOTOBOY INTERNADO APÓS TER CORPO INCENDIADO; FAMÍLIA ACUSA EX
Internado no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, o motoboy Daniel Jean Rocha Claudino, de 20 anos, pede por orações. Ele teve 55% do corpo incendiado na última quarta-feira, no Cachambi, Zona Norte do Rio. A família do rapaz acusa a ex-namorada de Daniel, também de 20 anos, que será intimada pela polícia para prestar depoimento. Em um áudio gravado pelo rapaz, Daniel tenta tranquilizar a família: “Fala aí, rapazeada. Está tudo bem. Amo vocês. Orem por mim, por favor. Estamos juntos”, diz Daniel, com dificuldades para falar.
O caso, que está sendo investigado como tentativa de homicídio, teria sido motivado, segundo parentes de Daniel, por conta da jovem não aceitar o fim do relacionamento.
Nesta terça-feira, Márcio Mesquita Marins, de 46 anos, tio do motoboy, esteve na 23ª DP (Méier), onde o caso é investigado. Márcio e a mulher, Andrea Santos Rocha, prestaram depoimento por mais de uma hora. Os dois entregaram aos policiais uma postagem feita pela jovem, dias antes da agressão, onde ela insunuaria que estaria pronta para fazer algo. Para a família do motoboy, o crime teria sido premeditado.
— Eles tinham um relacionamento conturbado. Ela era agressiva e muita ciumenta. Foi tudo premeditado. Ela já chegou com a garrafa de gasolina na mão. Uma pessoa não anda levando gasolina assim sem mais nem menos. Fez isso com meu sobrinho por ciúme e maldade. Ele tem queimaduras de 2º e de 3º graus pelo corpo — diz Márcio.
Daniel Jean estava consertando o cabo do acelerador de sua motocicleta, por volta das 11h da última quarta-feira, quando a jovem se aproximou com uma garrafa de gasolina e um fósforo. Ele ainda teria tentado segurar a jovem, mas acabou tendo o corpo incendiado. Ele foi socorrido incialmente no Hospital municipal Salgado Filho, no Méier.
Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações seguem e “que aguarda a melhora no quadro de saúde da vítima para ser ouvida”. O texto diz ainda que “policiais realizam diligências em busca de outras testemunhas que tenham presenciado o fato”.