A última mensagem que Caroline Assis trocou com o namorado Carlos Eduardo Gomes Cardoso foi às 8h30 deste sábado — momentos antes do rapaz ser morto em uma operação do 18º BPM (Jacarepaguá), na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Carlos, que tinha 36 anos, era sargento da 41º BPM (Irajá) e foi deslocado para reforçar a operação realizada na comunidade desde o começo da manhã.
— Pelo amor de Deus, gente. É um absurdo. Ele não queria ir. Como é que eu vou ficar? — disse Caroline Assis, em prantos pela morte do namorado, com quem estava há quatro meses.
Há 11 anos na corporação, ele fazia seu primeiro trabalho no Gate do 41º BPM. E acabou atingido no peito e no braço. O sargento chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu aos ferimentos.
— Ele gostava muito da profissão. Até demais. Eu tinha medo era disso (a morte) acontecer — contou Andrea, ex-esposa de Carlos, com quem viveu por sete anos.
Carlos Eduardo deixa dois filhos, uma menina e um menino, de dez e nove anos.
No perfil oficial no Twitter, a PM publicou uma nota de pesar pela morte do sargento: “Um dia nos encontraremos na eternidade. Lá ninguém irá nos separar jamais.” E é com pesar que informamos o falecimento do sargento Carlos Eduardo Gomes Cardoso, do 41ºBPM. Ele foi ferido nesta manhã, em serviço, após confronto com criminosos na comunidade do Bateau Mouche. ”