O governo federal irá conceder para a iniciativa privada a rodovia Rio-Santos(BR-101 Sul). O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. O plano é incluir a rodovia que liga a parte continental de Santos ao Rio de Janeiro na nova licitação para a concessão da Nova Dutra (Rio-São Paulo).
— A Rio-Santos será feita dentro do que será a nova concessão da Nova Dutra — afirmou o ministro, após se reunir com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O contrato de concessão da Dutra termina em 2021. Até lá, o governo irá preparar um novo leilão para a rodovia. O trecho é operado pela empresa CCR e é a principal ligação terrestre entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
O governador de São Paulo disse que a concessão da rodovia Rio-Santos irá melhorar a qualidade da estrada, diminuir acidentes e incentivar o turismo.
— Não faz sentido que uma rodovia dessa importância não esteja concessionada e sendo operada pelo setor privado, melhorando a sua eficiência, reduzindo o seu potencial de acidentes e melhorando a funcionalidade para irrigar a indústria do turismo — disse Doria.
A Rio-Santos tem aproximadamente 500 quilômetros. Com a concessão, a estrada passará a ter pedágios. O governo não informou se está prevista a duplicação completa da via.
Após encontro com o presidente Jair Bolsonaro, o governador de São Paulo disse que conversou com o presidente sobre o desejo de encerrar as atividades do Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista. Não há previsão de quando isso deve ocorrer.
— Manifestei ao presidente Bolsonaro nossa posição contrária ao funcionamento de pousos e decolagens. Não faz o menor sentido que ali funcione pousos e decolagens de aeronaves — disse Doria.
O Aeroporto Campo de Marte é administrado pela Infraero desde 1º de fevereiro de 1979. No ano passado, acidentes envolvendo dois aviões, em julho e novembro, causaram as mortes de três pessoas no terminal e numa rua perto de lá.
— Vocês são testemunhas dos acidentes que já ocorreram ali, fatalizando vidas não só de pilotos, copilotos e passageiros, mas também de habitantes da região Norte — acrescentou.
Doria disse que Bolsonaro o orientou a discutir o assunto com a Força Aérea (FAB) e o Ministério da Defesa. A intenção é transformar o local em um parque. O governador garantiu que, caso o fechamento ocorra, serão preservadas as instalações administrativas da FAB, o Hospital da Força Aérea, e a área onde deverá ser implantando um Colégio Militar.