Não está fácil pra ninguém. Nem quem está preso tem sua vaga de emprego garantida! Pode parecer piada, mas é assim que o ex-governador do Rio, Sergio Cabral, deve estar se sentindo.
O detento Cabral vem tentando desde junho de 2018 uma vaquinha ( quem diria) para trabalhar na unidade prisional. Cabral vem pleiteando, através de seus advogados, que ele exerça uma das chamadas “atividade laboral voluntária e não remunerada”, que ajudam a diminuir a pena dos presos. Entre as atividades que constam na lista são: limpeza da unidade, distribuição de comida a presos ou bibliotecário.
Mesmo com as solicitações o ex-governador nunca entrou na lista de escolhidos para os trabalhos, e a última solicitação foi feita no último dia 2.
De acordo com o jornal EXTRA, a defesas de Cabral afirmou que ele se disponibilizou a desenvolver qualquer atividade laboral de acordo com a necessidade e conveniência da unidade.
Consta também no pedido à direção do presídio que ele “deseja iniciar com máxima urgência as atividades laborais que lhe forem designadas pelas autoridades administrativas”.
Apesar dos pedidos, a defesa de Cabral é informada de que não há vaga para o político na unidade. Em geral, a quantidade de presos que querem trabalhar nas atividades administrativas das unidades é maior do que os postos disponíveis e há filas de espera nas cadeias.
O objetivo do ex-governador é reduzir ao máximo a sua condenação, que já soma 198 anos de prisão. A Lei de Execução Penal possibilita uma diminuição de um dia de pena a cada três de trabalho ou 12 horas de estudos.