Após o temporal que provocou a morte de sete pessoas na última quarta-feira, a prefeitura criou um gabinete de crise, que se reuniu nesta segunda-feira no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova. No encontro, foi idealizada uma série de medidas, cujo objetivo é evitar que o caos se instale mais uma vez na cidade: está prevista para esta terça-feira à noite a chegada de uma frente fria, com probabilidade de chuvas fortes de quarta-feira até sábado. Uma força-tarefa começou a colocar lonas na encosta mais crítica do Morro do Vidigal, para tentar impedir que infiltrações de um grande volume de água no solo aumentem os riscos de deslizamentos de terra. Além disso, é avaliada a possibilidade de decretação de ponto facultativo, incluindo uma suspensão das aulas na rede municipal, e um pedido de adiamento do jogo entre Vasco e Resende, no Maracanã, pela semifinal da Taça Guanabara.
Por ordem do prefeito Marcelo Crivella, todas as equipes da Guarda Municipal, da Geo-Rio e da Defesa Civil estão de prontidão a partir desta terça-feira. De acordo com o Alerta Rio, a tempestade mais forte é esperada quarta. A mudança climática coincidirá com a maré alta, o que aumenta a preocupação de autoridades. Técnicos municipais afirmam que somente com duas horas de antecedência é possível prever a intensidade exata de uma chuva. Numa coletiva prevista para esta terça-feira de manhã, Crivella também deve orientar a população a evitar sair de casa no período da chuva. Para evitar a formação de bolsões d’água como os vistos na Lagoa, no Jardim Botânico e na Barra (onde o mergulhão da Avenida Armando Lombardi ficou inundado), equipes da prefeitura irão para as ruas com bombas de vácuo. Funcionários da Comlurb tentarão desobstruir bueiros em locais onde alagamentos são frequentes.
Enquanto espera mais temporais, o Rio ainda tenta se recuperar do último. Na segunda-feira à tarde, moradores das favelas do Vidigal e da Rocinha continuavam lidando com as consequências das enxurradas e dos deslizamentos.