Um tiroteio ocorrido na madrugada desta terça-feira (1°) entre os municípios de São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, resultou na morte de quatro pessoas. Entre as vítimas está uma mulher que levava um bebê no colo e foi atingida por uma bala perdida enquanto buscava atendimento médico para a criança.
A vítima foi identificada como Camila Viana Fernandes. O incidente ocorreu na Rua Nilson Gonçalves Mota, no bairro Apolo 2, em São Gonçalo. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do bebê, que foi socorrido e levado para uma unidade de saúde da região.

( Camila Viana Fernandes morte no tiroteio)
As outras três vítimas foram identificadas como Natan da Silva Gomes, Igor Cristian Barone Ribeiro e Thauan Azevedo Soares. A polícia suspeita que esses homens estivessem envolvidos em atividades criminosas na região. Segundo fontes policiais, Igor Cristian possuía passagens anteriores por roubo, estelionato e dano ao patrimônio público.
As autoridades estão investigando se o confronto foi resultado de uma disputa territorial entre traficantes e milicianos que atuam na área. O conflito entre esses grupos tem sido frequente na região, causando insegurança para os moradores locais.
De acordo com testemunhas, o tiroteio foi intenso e durou vários minutos, assustando quem vive no bairro. “Eu ouvi muitos tiros, parecia uma guerra. Foi desesperador”, relatou um morador que preferiu não se identificar.
Equipes da Polícia Militar e da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) foram acionadas e isolaram a área para a realização da perícia. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal (IML) de Tribobó, onde passarão por exames para ajudar na elucidação do caso.
O caso reacende o debate sobre a violência crescente na Região Metropolitana do Rio. Nos últimos meses, conflitos entre facções criminosas e grupos paramilitares têm resultado em diversas mortes, muitas delas de vítimas inocentes. A morte de Camila Viana Fernandes, que apenas tentava buscar atendimento para seu bebê, evidencia a tragédia que se repete constantemente nos confrontos armados.
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias do tiroteio e busca identificar os responsáveis pelos disparos. A segurança pública na região continua sendo um desafio para as autoridades, que tentam combater o domínio do crime organizado em São Gonçalo e Itaboraí.
Os moradores, por sua vez, cobram mais ações das forças de segurança para evitar novas tragédias. “A gente não tem mais paz, tem que se trancar dentro de casa e torcer para não ser a próxima vítima”, desabafou outra moradora do bairro Apolo 2.
Até o fechamento desta matéria, nenhuma prisão havia sido realizada. A Polícia pede que qualquer informação sobre o caso seja comunicada anonimamente pelo Disque-Denúncia (2253-1177).



