Operação das Forças Armadas e das polícias prende 20 pessoas.
Uma operação conjunta das Forças Armadas e das polícias estaduais em comunidades do centro do Rio de Janeiro prendeu 20 pessoas, a maioria em flagrante, nesta sexta-feira (27).
O objetivo da ação, realizada no Complexo de São Carlos e no Morro da Mineira, foi prender suspeitos de envolvimento na tentativa de invasão à Rocinha, na Zona Sul da cidade, em setembro.
A Secretaria Estadual de Segurança informou ainda que outros quatro mandados de prisão serão cumpridos contra suspeitos que já estavam detidos no sistema penitenciário. Os principais alvos da operação, no entanto, não foram presos.
Marcelo Bernardino da Fonseca, conhecido como Limão da 40, apontado pela polícia como chefe da quadrilha que controla o comércio de drogas no Morro de São Carlos, e Leonardo Miranda da Silva, o Léo Empada, apontado como braço-direito de Limão da 40 e como líder da tentativa invasão da Rocinha, estão foragidos.
“As investigações continuam. Certamente, teremos novas ações das forças estaduais com o apoio do governo federal, que não se esgotam neste momento”, disse o subsecretário de Comando e Controle da Secretaria Estadual de Segurança, Rodrigo Alves.
Confrontos e tiroteios na Rocinha têm sido rotineiros desde setembro, devido à disputa pelos pontos de venda de drogas da comunidade entre dois grupos criminosos rivais e à presença da polícia no local.
De acordo com Alves, a Delegacia da Rocinha (11ª DP) está buscando identificar os envolvidos nos confrontos para que eles possam ser presos. “Nós alcançaremos uma comunidade mais estável e tranquila para as pessoas daquela região no momento em que tirarmos essas pessoas de circulação”, afirmou.
Ao todo, mais de 4,2 mil alunos de seis escolas e dez creches da rede municipal ficaram sem aulas na manhã de hoje por causa dos tiroteios e risco de confrontos armados na região central da cidade.
Comandante da PM pede apoio das Forças Armadas na busca a assassinos de coronel
O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias, pediu reforço das Forças Armadas na operação de busca aos criminosos que mataram, na tarde de quinta-feira (26), o comandante do 3º BPM, no Méier, coronel Luiz Gustavo Teixeira, durante um assalto. Uma grande operação foi montada nos morros do Complexo do Lins, na zona norte, com a participação de 300 policiais de diversos batalhões, para tentar prender os assassinos.
“Falei com o secretário de Segurança sobre a possibilidade de receber apoio das Forças Armadas. Pedi uma reunião com o comandante Militar do Leste, que já se colocou à disposição. Há uma reunião que poderá ocorrer tão logo possível, para que possamos contar com essa valiosa e imprescindível ajuda das Forças Armadas”, disse o coronel.
“Nós estabelecemos uma parceria muito profícua com o Comando Militar do Leste (CML), na pessoa do general Braga Neto, que tem nos apoiado incondicionalmente, sempre estando à disposição. Penso que no menor espaço de tempo isto poderá acontecer”, disse o comandante.
Wolney Dias lamentou a morte do oficial e disse que a corporação tem manchado com sangue e suor o solo do Rio de Janeiro. Além do comandante do 3º BPM, um outro policial militar foi vítima de assalto, em Guadalupe, aumentando para 112 o número de PMs mortos no estado este ano
Com Agência Brasil
Fonte: Jornal do Brasil