A pandemia da covid-19 segue com números preocupantes no Rio de Janeiro, mas, em Campo Grande, as estatísticas são ainda mais assustadoras. Na contramão de outras localidades, que já apresentam diminuição em óbitos diários, o bairro mais populoso do Rio registrou 57 mortes nos últimos 13 dias, já soma 433 desde o início da pandemia e lidera o ranking de óbitos na cidade.
Para efeito de comparação, o segundo colocado da lista, Bangu, registrou apenas oito mortes no mesmo período – ou seja, 86% a menos, e soma agora 383 no total. Há duas semanas, Bangu chegou a estar à frente de Campo Grande em número de mortes, mas os últimos dias foram mais calmos no bairro.
A “dobradinha” da Zona Oeste na liderança em número de vítimas da covid-19 só comprova a gravidade da pandemia na região, que tem sete representantes entre os dez bairros mais atingidos pela doença: Campo Grande (433), Bangu (383), Realengo (390), Santa Cruz ( 232), Barra da Tijuca (171), Taquara (149) e Paciência (140). Além disso, outros três bairros da região já superam a marca de 100 mortes: Senador Camará (114), Guaratiba (113) e Jacarepaguá (110). Já Padre Miguel soma 99 óbitos.
Principalmente nos bairros periféricos, outra estatística preocupante é a taxa de letalidade, consideravelmente maior que as de bairros de maior poder aquisitivo. Em Paciência, por exemplo, essa taxa chega a 21,1%; em Bangu, 20,07%; em Realengo, 18,6% e em Campo Grande, 15,6%.
Já em Copacabana, na Zona Sul, a porcentagem de mortes por casos confirmados é de 10% e na Barra, 6%. O primeiro, inclusive, lidera a lista de casos confirmados, com 2.932, e o segundo é justamente a Barra, com 2.843. Em seguida aparece Campo Grande, com 2.761.
Estabelecimentos fechados em Bangu e Realengo