Três hospitais de campanha que nem foram inaugurados pelo Governo do Estado começaram a ser desmontados, nesta quarta-feira (5). As unidades de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana, nunca receberam pacientes mas as atividades foram oficialmente encerradas.
A Secretaria de Saúde repassou quase R$ 300 milhões ao Iabas, Organização Social responsável pela gestão e construção das unidades. Diante dos escândalos de corrupção, a OS foi afastada e repasses a funcionários e empresas que atuam nestes hospitais foram bloqueados.
Osmar Jacob é empresário e foi um dos fornecedores de geradores para a Secretaria de Saúde. Com o bloqueio de verba, ele afirma que não é possível desmontar as unidades e alega prejuízo com os equipamentos parados nos hospitais.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde disse que os serviços que foram realizados e que forem comprovados, serão pagos. No entanto, a pasta não deu um prazo para o pagamento. Já em relação ao desmonte, a Secretaria disse que os valores depositados para o Iabas contemplavam a montagem e a desmontagem dos hospitais.
Porém, o IABAS disse em nota, que, com o bloqueio dos valores, a responsabilidade do pagamento é da Secretaria de Saúde.
Os hospitais do Maracanã, na Zona Norte, e de São Gonçalo, na Região Metropolitana, seguem abertos por decisão judicial, pelo menos até o dia 12 agosto.