Segundo a Polícia Civil, os animais eram ilegalmente coletados na cidade de Marataízes, no Espírito Santo, e de lá eram transportados para as cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, onde ficam em um depósito para então serem vendidos a lojistas de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, além da capital do Rio de Janeiro.
Todos os animais apreendidos estão sob tutela do AquaRio, onde serão cuidados e ficarão em quarentena, isto é, uma área do aquário em que o animal ficará em tratamento e isolado para que possam ser eliminados possíveis patógenos e doenças.
“Por eles estarem sendo mantidos em um ambiente insalubre e em contato com animais de outras regiões do mundo e importados, como da Indonésia, da Austrália, isso acabou impossibilitando a entrada deles na natureza, pois eles podem contaminar os outros animais”, explicou o biólogo do AquaRio, Rafael Franco.
“É uma característica do tráfico animal, as pessoas coletam uma grande quantidade, para vender poucos. O número de animais coletados foi muito maior, se a gente apreendeu mil, muito mais foi coletado com certeza.”, afirma Franco.
Após a quarentena, estes animais serão levados para os tanques de exposição e servirão como embaixadores para alertar sobre o tráfico de animais.
“Todas as 30 espécies são criticamente ameaçadas de extinção e são essas as que mais deveriam ser protegidas”, complementa o biólogo.