O Facebook quer suas fotos íntimas no sistema dele, mas jura que existe um bom motivo por trás. Na Austrália, já está sendo testada uma nova ferramenta criada para evitar o revenge porn (pornografia de vingança, em tradução livre) dentro da rede social. A ideia é que os usuários postem suas nudes de forma privada, e se alguém tentar postar a mesma foto, o Facebook irá rastreá-la.
Para participar, a pessoa deve preencher um pequeno cadastro na rede social. Depois disso, o usuário inicia uma conversa com ele mesmo no Messenger, faz o upload da foto e a denuncia como imprópria. Segundo o Facebook, isso gera um rastreamento da imagem e, caso ela reapareça em
outro perfil, o usuário será notificado.
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O revenge porn é a divulgação (seja por mensagens de WhatsApp, grupos de Facebook ou pessoalmente) de imagens íntimas de alguém como vingança. “Geralmente, é feita por algum ex-companheiro ou por quem teve um relacionamento afetivo com a vítima. O objetivo é deixá-la vulnerável”, explica a advogada Déborah Mesquita.
Segundo a especialista em comportamento digital Ana Freitas, a maioria dos alvos é mulher. “Para o homem, ter suas fotos íntimas divulgadas gera reações muito diferentes. Quando acontece com eles, pode até ser constrangedor, mas não passa disso. Já com elas, há chances de ser completamente devastador”.
O Facebook quer suas fotos íntimas no sistema dele, mas jura que existe um bom motivo por trás. Na Austrália, já está sendo testada uma nova ferramenta criada para evitar o revenge porn (pornografia de vingança, em tradução livre) dentro da rede social. A ideia é que os usuários postem suas nudes de forma privada, e se alguém tentar postar a mesma foto, o Facebook irá rastreá-la.
Para participar, a pessoa deve preencher um pequeno cadastro na rede social. Depois disso, o usuário inicia uma conversa com ele mesmo no Messenger, faz o upload da foto e a denuncia como imprópria. Segundo o Facebook, isso gera um rastreamento da imagem e, caso ela reapareça em outro perfil, o usuário será notificado.
O revenge porn é a divulgação (seja por mensagens de WhatsApp, grupos de Facebook ou pessoalmente) de imagens íntimas de alguém como vingança. “Geralmente, é feita por algum ex-companheiro ou por quem teve um relacionamento afetivo com a vítima. O objetivo é deixá-la vulnerável”, explica a advogada Déborah Mesquita.
Segundo a especialista em comportamento digital Ana Freitas, a maioria dos alvos é mulher. “Para o homem, ter suas fotos íntimas divulgadas gera reações muito diferentes. Quando acontece com eles, pode até ser constrangedor, mas não passa disso. Já com elas, há chances de ser completamente devastador”.
Como os testes da ferramenta do Facebook contra revenge porn começaram este mês e estão acontecendo apenas na Austrália, é cedo para dizer se vai funcionar. Os próximos locais que vão receber esse reconhecimento de imagens são Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, segundo o Bustle.
“Não compartilharia minhas fotos íntimas com o Facebook em nenhuma circunstância. Isso abre espaço para que alguém com acesso a essas imagens faça upload do arquivo antes mesmo da vítima e decida como ela será divulgada”, fala Ana. Déborah julga a medida como insegura devido a possíveis ataques cibernéticos.
Apesar disso, Ana comenta que essa nova função do Facebook pode ser útil para quem já sofreu revenge porn. “Se incluir reconhecimento facial, a vítima pode subir as fotos divulgadas, o algoritmo vai varrer a rede social e retirar as imagens”.
Segundo a advogada, não há muito a ser feito para evitar o vazamento de imagens íntimas. “Infelizmente, o único jeito de se proteger, talvez, seja não enviar fotos íntimas. No entanto, dizer isso é a mesma coisa de afirmar que ‘para evitar assaltos na rua, nunca saia de casa’”, aponta Ana.
Déborah diz que não existe uma lei específica para revenge porn, mas o ato pode ser encaixado em consentimento ilegal de imagem ou algum crime contra a honra, como calúnia, difamação e injúria. Além disso, a advogada indica fazer um boletim de ocorrência e notificar o site hospedeiro para retirar as imagens da rede.