O governador do Rio, Cláudio Castro, parabenizou a Polícia Civil pela operação que capturou neste sábado, dia 12, Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do Rio. Ele teria sido baleado durante confronto e chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos na região do pericórdio (no tórax).
Em sua conta no Twitter, pouco depois da confirmação da morte, Castro disse que “a operação foi um duro golpe nas facções criminosas do estado” e definiu o trabalho como “cirúrgico”.
Hoje é um dia importante. Demos um golpe duro nas facções criminosas do Estado. Parabéns @PCERJ pela operação cirúrgica e sigilosa que capturou o Ecko, miliciano mais procurado do Brasil.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) June 12, 2021
O secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, também usou as suas redes sociais para se manifestar sobre a operação. Ele agradeceu a confiança de Castro. “Obrigad, governador Cláudio Castro pela confiança. Missão dada pelo senhor e cumprida pela SEPOL (Secretaria de Polícia)”, disse.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Ecko já chegou morto ao hospital Miguel Couto, no Leblon. Em razão da data, a operação foi denominada Dia dos Namorados. Ao longo de seis meses de investigação, a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPim) concluiu, com base em informações da inteligência, que este seria o dia ideal para capturá-lo.
A Operação Dia dos Namorados foi coordenada pela Subsecretaria de Planejamento Operacional. Participaram da ação 21 policiais.
A DRCPim trabalhou com as delegacias de Combate ao Crime Organizado (Draco) e de Combate às Drogas (Dcod). A Polícia Civil mirou nos crimes da milícia, principalmente na Zona Oeste, incluindo contrabando de cigarros, água, gás e transporte alternativo, além de farmácias para lavagem de dinheiro. Diante do trabalho policial, o prejuízo para a organização ultrapassou R$ 50 milhões.
Apesar de ser réu em nove processos criminais, Ecko circulava pela cidade escoltado por seguranças, frequentava casas em bairros nobres e dialogava com policiais, traficantes e pistoleiros.
Ele chefia o maior consórcio criminoso do Rio: sua milícia, antes restrita à Zona Oeste, que agora está presente em 20 bairros da capital e outros seis municípios da Baixada Fluminense e da Costa Verde.
Numa comparação com a criminalidade advinda do tráfico de drogas, a milícia de Ecko, composta majoritariamente de ex-membros do tráfico e não mais de policiais, é hoje maior que cada uma das três maiores facções criminosas do Rio de Janeiro, pelo critério de áreas dominadas.