Polícia prende homem por agressão à ex-mulher; ele estava foragido desde maio
‘É alívio! Felicidade, não’, disse Ive Dourado. A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática monitorou as redes sociais do suspeito e conseguiu localizá-lo em uma casa no Sul Fluminense.
A Polícia Civil do RJ prendeu um homem, foragido há seis meses, por agressão à ex-mulher. A empreendedora Ive Dourado afirma ter apanhado de Humberto Azevedo na madrugada de 2 de maio, na Zona Norte do Rio, e a Justiça expediu um mandado de prisão.
Humberto se escondeu, mas acabou preso nesta terça-feira (29) por agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). A equipe monitorou as redes sociais do suspeito nos últimos seis meses, até conseguir localizá-lo, em uma casa no Sul Fluminense.
“Em maio, o preso agrediu a esposa dele de forma muito intensa. Ela chegou a ficar oito dias internada e quatro desses dias no CTI. A partir daí, ele fugiu quando saiu o mandado de prisão contra ele”, afirmou o delegado Pablo Sartori.
“Ele só se comunicava com poucas pessoas, parentes próximos, através de redes sociais. Através desse monitoramento, conseguimos fechar o cerco”, emendou.
“Ele viveu uma vida tranquila, ele achava realmente que não seria encontrado. Ele fazia churrascos, consumia bebida alcoólica, fazia vídeos comentando sobre a beleza da costa do Sul Fluminense”, descreveu Sartori.
Relembre o caso
Segundo as investigações, Humberto esperou Ive chegar em casa e a espancou dentro do carro.
“Invadiu o meu carro e me espancou toda. Me espancou”, afirmou.
“Eu dizia: ‘Você tá me machucando, você vai me matar, eu sou a mãe da sua filha’. E ele dizia: ‘Por isso mesmo. Isso não são horas de você chegar em casa’”, narrou Ive.
A empreendedora sofreu diversas lesões no rosto e no ouvido.
‘Alívio’
Para Ive, a prisão traz uma sensação de segurança, mas não é motivo de comemoração.
“É alívio! Felicidade, não. Porque eu não consigo nem ver como feliz uma coisa que o outro está passando que é algo ruim. E ele é pai da minha filha. Isso é uma coisa que a gente não vai apagar nunca”, disse.
“Não esperem as agressões chegarem a um ponto tão intenso, tão grave, onde a própria vida dela fique em risco. Logo nas primeiras agressões, já procure a polícia, já procure qualquer delegacia mais próxima e comunique o fato, se proteja”, alertou Ive.
“Eu quero dizer para as mulheres aqui: não desistam! Denuncia! Eu fiquei um tempo limitada? Eu fiquei, mas eu estou viva, e hoje ele está preso. Espero esse tempo que ele vai ficar preso seja um tempo de cura, de maturidade, para ele repensar nas atitudes da vida dele pra sair de lá uma pessoa melhor, até porque ele tem uma filha. E eu gostaria muito que essa filha crescesse com o pai presente”, afirmou Ive.
