O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, participou na manhã desta sexta-feira (1) da abertura da Feira Cidade PcD, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Realizado na Arena 2, o evento de inclusão, acessibilidade, orientação e mobilidade para a pessoa com deficiência (PcD) é gratuito e vai até domingo, dia 3.
Logo na chegada, Crivella ficou admirado com as obras da artista plástica Ana Rocha. São quadros sensoriais para cegos, feitos em 3D com material reciclável, como garrafas pet e tampinhas. O trabalho está exposto no estande da Prefeitura do Rio.
“São obras lindas, tridimensionais, com uma textura impressionante. Todos os visitantes deveriam dar uma paradinha no estande para apreciar esse belo trabalho”, comentou o prefeito, acompanhado da primeira-dama, Sylvia Crivella.
Com programação ampla, aberta ao público das 10h às 19h, a feira oferece atividades diversas como desfiles de moda inclusiva, demonstrações de jogos como basquete e vôlei sentado, shows, oficinas, palestras, food trucks, test drive de veículos adaptados, terapias e até balcão de emprego. Esse evento, no Brasil, só tem similar em São Paulo.
“Esses eventos são importantíssimos para o Rio de Janeiro nunca esquecer que nós não somos a cidade da violência e dos escândalos de corrupção. Nós somos isso aqui, cariocas solidários que querem a inclusão das pessoas com deficiência, que se unem para aplaudi-las, que se emocionam quando elas cantam, competem e estão no nosso meio”, completou Crivella.
No estande da Prefeitura do Rio, o visitante terá à disposição oficinas e orientações de serviços, como procedimentos para a retirada de documentos e obtenção do RioCard (passe especial municipal). O público também poderá conhecer o equipamento com dispositivo sonoro que auxilia na travessia da rua de pessoas com deficiência, já em funcionamento na Urca.
Entre as atrações do evento, estão as demonstrações de showdog e de cinoterapia, para auxílio no tratamento de crianças com deficiência atendidas na Apae. Os animais fazem parte do Grupamento de Cães da Guarda Municipal. Haverá também ações da CET-Rio e das secretarias de Saúde, de Educação e de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, que só este ano captou cerca de 10 mil vagas, com três mil encaminhamentos e 300 pessoas empregadas.
“Essa feira é uma boa oportunidade para se conhecer novas tecnologias e os avanços que temos conquistado para a pessoa com deficiência. Essa visibilidade é que nos transforma em atores sociais”, disse o subsecretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Geraldo Nogueira, que é cadeirante.
A vereadora Luciana Novaes é uma das principais defensoras da causa. Vítima de uma bala perdida que a deixou tetraplégica, em 2003, ela cobra mais oportunidades para as pessoas com deficiência.
“Queremos ter a oportunidade de conhecer equipamentos e produtos que vão facilitar nossa vida, nos dar autonomia. Esquecem que somos pessoas comuns, queremos ter acesso a shows, esportes, turismo, não só a serviços como transporte e saúde. Existem muitas leis para pessoas com deficiência, mas que não são cumpridas. Por isso, estamos reforçando a fiscalização para que tenhamos nossos direitos respeitados. Queremos uma cidade verdadeiramente inclusiva”, afirmou.
Segundo dados do Censo do IBGE de 2010, cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, o equivalente a 45 milhões de pessoas. Somente no Estado do Rio são quatro milhões entre os quase 17 milhões de habitantes.
FONTE: PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO