Durante seu depoimento à polícia, a influenciadora digital Karina Laino Gomes, de 27 anos, revelou a identidade de mais quatro pessoas que fazem parte da quadrilha especializada em roubos conhecidos como “saidinha de banco”. Karina admitiu sua participação em pelo menos dois assaltos a clientes de uma agência bancária na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Durante seu testemunho, Karina também mencionou a existência de outra mulher na quadrilha, sem especificar a função de ambas no grupo criminoso. Os roubos eram realizados em uma agência do banco Itaú, localizada na Avenida Marechal Fontenelle, em Realengo.
Atualmente, a influenciadora encontra-se detida preventivamente, após a conversão de sua prisão pela Justiça, sob suspeita de participação na quadrilha. Além dela, Edimilson Souza da Silva também está preso pelo mesmo crime. Ambos foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, nas proximidades do banco, na última quarta-feira (7). Segundo as investigações em andamento na 33ª Delegacia de Polícia (Realengo), a dupla estava sob monitoramento desde maio.
No momento da prisão, a segurança local notou a presença de um veículo suspeito e alertou a polícia. Ao chegarem ao local, os agentes tentaram abordar Karina, que estava dirigindo, mas ela tentou fugir, sem sucesso. Após buscas na região, os policiais encontraram e abordaram o veículo, dirigido por Karina, com Edmilson no banco traseiro. Um revólver calibre 38 com munição e numeração raspada, que estava ao lado de Edmilson, foi apreendido.
A segurança local também informou que o veículo, um HB20 branco, vinha sendo frequentemente utilizado nos roubos. Ele teria sido usado em um assalto ocorrido em frente à agência bancária no dia 31 de maio.
Karina e a segunda mulher suspeita de fazer parte da quadrilha foram apontadas como as motoristas do grupo. De acordo com as investigações, a quadrilha utilizava as mulheres para distrair os seguranças do banco e evitar levantar suspeitas. Enquanto os homens abordavam as vítimas na área dos caixas eletrônicos, as mulheres aguardavam do lado de fora, dentro do carro estacionado em frente à agência.
O próximo passo nas investigações, segundo o delegado Michel, responsável pelo caso, é identificar os demais membros da quadrilha com base nas informações fornecidas por Karina e Edmilson, por meio do reconhecimento das vítimas e análise das imagens das câmeras de segurança. Para isso, é fundamental que as vítimas que ainda não registraram o roubo compareçam à 33ª DP para formalizar o boletim de ocorrência e auxiliar na identificação dos autores do crime.
Karina era conhecida nas redes sociais, com destaque no TikTok, onde possuía mais de 63 mil seguidores. Em uma de suas postagens, ela brincou: “Se ser ciumenta e neurótica fossem considerados crimes, eu já estaria presa”. A influenciadora exibia uma vida luxuosa, com viagens ao Nordeste e tatuagens pelo corpo, e utilizava suas redes sociais para compartilhar vídeos e fotos de biquíni. No entanto, seu perfil no Instagram, que contava com mais de 50 mil seguidores, foi desativado na sexta-feira (9), um dia após sua prisão.
