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“E mais uma vez é a sociedade criminalizando a mulher pobre. Quando a gente discutir isso de fato, porque a mim parece que não importa muito a vida dessa mulher. Ninguém está preocupado. Me parece as vezes questão de hipocrisia. Não é uma questão de ser a favor, não pode ser criminalizado. Se fizer a pergunta: você é a favor do aborto? Não. Você conhece alguém que fez aborto? Sim.“, completou.
Malu reiterou que a legalização do aborto é questão de saúde pública e não de religião. “Essas questões de onde começa a vida eu compreendo que as pessoas se choquem, mas ninguém nunca se empenhou numa campanha contra a gravidez indesejada, em educar. Ninguém tá assim tão preocupada com a vida das pessoas como quer fazer parecer. É um conservadorismo, uma pauta que é de saúde pública, não é uma questão de religião, de nada“, completou.
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Para encerrar, a atriz ressaltou que para quem tem o privilégio de ter uma boa estrutura familiar e financeira é mais fácil evitar uma gravidez indesejada. “De fato eu acho uma coisa horrível, mas quando comecei minha vida sexual eu tinha uma vida privilegiada. Um ginecologista à disposição, uma mãe em casa podendo me dar atenção, tinha com quem conversar. É preciso orientar, dar camisinha, informar“.
FONTE: CLAUDIA