Sailson José das Graças, que ficou conhecido como serial killer da Baixada, após matar homens e mulheres na região entre 2005 e 2014, foi condenado a 17 anos e 4 meses de prisão pela morte de uma das vítimas: Marilene de Oliveira Silva. Essa é a primeira sentença do acusado, que ainda responde na Justiça por 5 homicídios e 4 tentativas.
O primeiro Tribunal do Júri do acusado aconteceria no dia 18 de abril deste ano, mas o julgamento foi adiado diversas vezes. No dia 13 de novembro, o réu teve a sua primeira condenação no Tribunal do Júri, em Nova Iguaçu. Sailson estava preso desde dezembro de 2014.
Sailson chamou atenção das autoridades e da população pela forma como ostentava suas vítimas. Para a polícia, ele disse ter matado 42 pessoas, mas o delegado Marcelo Machado, um dos responsáveis pelas investigações na época, diz que o número é fantasioso. Na Justiça, atualmente, ele é reu em 9 processos. Exames médicos anexados aos processos atestaram que ele não é doente mental.
“Verifica-se a extrema periculosidade do acusado pelo seu modus operandi, haja vista ter praticado homicídio qualificado, cuja condenação ora se destaca. Há, ainda, outros processos em apuração por crimes de homicídio e tentativa de homicídio, inclusive contra crianças. Saliento que o acusado repete que não cessará seu ímpeto criminoso quando sair da prisão”, sentenciou a juíza Amanda Azevedo Ribeiro Alves, juíza em exercício da 4ª Vara Criminal e Presidente do Tribunal do Júri.
Morta com mais de 10 facadas
Marilene de Oliveira Silva foi morta com mais de 10 facadas, segundo a filha da vítima Glauce Elen. Na cena do crime, segundo a polícia, Marilene apareceu deitada de bruços num colchão de solteiro, na sala de casa, com o travesseiro em cima da cabeça.
Em uma entrevista publicada em abril pelo G1, a filha de Marilene disse que temia que a condenação do assassino fosse inferior a 30 anos. Glauce foi procurada para comentar sobre a sentença, mas até a publicação da reportagem ela não havia retornado.