A cantora Luciane Dom, de 34 anos, relatou um incidente de racismo que ocorreu no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro. A artista, que é uma mulher negra e ostenta um cabelo estilo black power, foi submetida a uma revista em seu cabelo, mesmo após já ter passado por uma revista e scanner corporal.
O Incidente
O caso aconteceu nesta quinta-feira (14), quando Luciane Dom tentava embarcar para São Paulo. A cantora, que havia realizado uma apresentação na noite anterior no Rio para divulgar sua música ‘É Natal’, foi abordada por uma funcionária do aeroporto para uma nova revista, desta vez focada em seu cabelo.
Reação da Cantora
Luciane expressou sua frustração e decepção nas redes sociais, afirmando estar “sem chão” e destacando como o incidente afetou profundamente sua dignidade. Ela enfatizou a importância do cabelo na cultura e ancestralidade negra e expressou sua preocupação em não se deixar adoecer por causa de tais experiências.
Resposta da Comunidade
A publicação da cantora nas redes sociais gerou apoio de muitas pessoas, mas também atraiu críticas. O incidente destacou a contínua luta contra o racismo e a discriminação no Brasil.
Posição do Ministério de Igualdade Racial
O Ministério de Igualdade Racial, sob a liderança da ministra Anielle Franco, lamentou o ocorrido e destacou que tais casos não são isolados. O ministério está mobilizado para entender e acompanhar o caso de perto.
Declaração do Aeroporto Santos Dumont
A Infraero, responsável pela administração do Santos Dumont, afirmou que Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Segundo a Infraero, imagens de câmeras de segurança mostraram que não houve inspeção nos cabelos da cantora. A Infraero reiterou que a inspeção de segurança aleatória é independente de características pessoais do passageiro e que repudia qualquer forma de discriminação.
Reflexão sobre o Caso
Este incidente ressalta a necessidade de maior conscientização e ação contra o racismo e a discriminação, especialmente em espaços públicos e instituições. A experiência de Luciane Dom serve como um lembrete doloroso das realidades enfrentadas por muitos brasileiros no dia a dia.



