A calvície não é uma realidade só de pessoas mais velhas. A condição é hereditária e causa um baque na autoestima de mulheres e homens. Para conservar os fios, a procura por novos tratamentos é grande. Técnicas modernas que envolvem cirurgia, luzes de LED (sigla em inglês para Light Emitting Diode), pequenas agulhas e laser podem ser a solução.
O cirurgião plástico, especialista em implante capilar, Márcio Crisóstomo explica que a alopecia, ou calvície, “atinge pelo menos 30% das mulheres e mais da metade dos homens. A causa principal é a genética, mas algumas doenças podem ocasionar ou acelerar a perda de cabelo”. O médico ressalta que a hereditariedade pode vir do lado materno ou paterno da família.
“Nestes pacientes, os hormônios vão promover o afinamento lento e progressivo dos cabelos até a morte dos fios”, comenta o dermatologista e especialista da Cartilha do Cabelo, aplicativo sobre saúde capilar, Leonardo Spagnol. Ele acredita que as medicações continuam sendo a melhor forma de combater a calvície.
Já Márcio aponta a cirurgia como o melhor tratamento. “É o único meio definitivo. O princípio é retirar fios das regiões posterior e lateral da cabeça e implantar na área calva. Depois disso, o cabelo não cai mais, porque ele tem uma característica embriológica diferente”, afirma.
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A operação pode ser realizada de duas formas: na primeira, a técnica clássica envolve retirar uma faixa do couro cabeludo do paciente e dividir os fios no microscópio para serem implantados em outra parte da cabeça. O outro método é o Fue (sigla em inglês para Folicular Unit Extraction). Consiste em raspar o cabelo e extrair um folículo por vez com um aparelho de menos de um milímetro. Quando se tem madeixas o suficiente (cerca de sete ou oito mil fios), ele é implantado.
Em casos de calvície avançada, Márcio mistura as duas técnicas de cirurgia no paciente e ressalta que é necessário fazer manutenção. “Quando opero alguém de 30 anos, ele ainda vai perder cabelo e, eventualmente, precisar de outra operação”, fala.
Para quem quer testar métodos menos invasivos, o dermatologista Leonardo indica os principais, mas reforça que todos devem ser combinados com uso de remédios. “A laserterapia de baixa potência tem se mostrado efetiva, principalmente, em homens”. O aparelho funciona estimulando a circulação sanguínea da região dos folículos capilares.
Outro método é a microinfusão de medicamento na pele (MMP). O procedimento faz mini lesões na região para melhorar a absorção de remédios. Para tratar a calvície, Leonardo desaconselha a técnica do microagulhamento. “Não tem evidência cientifica de ser superior a outros tratamentos e ainda tem o risco de infecções graves se não realizado por um profissional certificado”.
Capacetes de LED, como o iGrow, ainda não foram pesquisados o suficiente para saber a eficácia, segundo o dermatologista. “Pelo LED possuir o mesmo comprimento de onda que o laser de baixa potência, provavelmente, ambos têm a mesma eficácia quando aliados aos medicamentos”, diz.