O último boletim semanal divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) revela uma situação alarmante: o estado está enfrentando um surto de dengue, com um número de casos seis vezes acima do esperado para esta época do ano. Segundo a análise, realizada pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ, a tendência de aumento na transmissão de casos persiste pela nona semana consecutiva.
Desde janeiro até 15 de fevereiro, foram registrados 41.252 casos de dengue em todo o estado, o que representa 80% dos casos notificados em todo o ano de 2023. A gravidade da situação é enfatizada pelos quatro óbitos confirmados: dois na capital, um em Mangaratiba e outro em Itatiaia.
O boletim, que utiliza um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como nowcasting, aponta que mais de 25 mil novos casos devem ser registrados para o período analisado, o que indica que cerca de 19 mil registros ainda estão por entrar no sistema.
As regiões mais afetadas, de acordo com o indicador Excesso de Casos (EC), são a Metropolitana I e a Serrana, com 20 vezes e 5,6 vezes acima do esperado, respectivamente. Em seguida, vêm as regiões Centro-Sul e Baía de Ilha Grande, com EC de 4,7 vezes e aproximadamente 3 vezes, respectivamente.
A secretária de estado de Saúde, Claudia Mello, destacou que a pasta está monitorando de perto o crescimento da transmissão e oferecendo apoio aos 92 municípios, com treinamento de profissionais, envio de insumos e montagem de salas de hidratação. Ela também ressaltou a importância da colaboração da população no combate à doença, enfatizando a necessidade de medidas para controlar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue.
Com a situação se agravando, é crucial que tanto as autoridades quanto a comunidade estejam vigilantes e tomem medidas preventivas para conter a propagação da doença e proteger a saúde pública.



