Ronny Pessanha de Oliveira é alvo do Ministério Público após ser flagrado com armamento ilegal; passado na PMERJ sob escrutínio
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriu investigação sobre Ronny Pessanha de Oliveira, ex-membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), sob acusações de envolvimento em atividades ilícitas, incluindo o treinamento de milicianos e traficantes do Comando Vermelho (CV) em táticas de guerrilha. Oliveira, que já teve seu nome envolvido em outras controvérsias, incluindo a posse de um imóvel na região da Muzema, demolido por irregularidades, encontra-se novamente no centro de um escândalo criminal.
Em um recente episódio que reacendeu as atenções sobre suas atividades, a guarnição do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do Itanhangá, durante patrulhamento na região, foi alertada sobre a presença de indivíduos armados realizando uma falsa blitz na Estrada do Itanhangá. Apesar de não encontrar os suspeitos inicialmente, a polícia abordou um veículo Mercedes Benz C180, conduzido por Oliveira. Durante a inspeção, foi descoberto que Oliveira portava um revólver Taurus calibre .38 com oito munições, além de sua identidade da PMERJ e documentos relacionados à arma.
Levado para a 16ª Delegacia de Polícia para averiguação, Oliveira foi autuado por porte ilegal de arma de fogo. Após o pagamento de uma fiança de R$ 8.000,00, foi liberado, mas a arma permaneceu apreendida. Este incidente adiciona mais um capítulo à controversa trajetória de Oliveira, que foi expulso da PMERJ após um histórico de condutas questionáveis, incluindo a utilização indevida de sua farda e posição para cometer crimes.
Essas acusações lançam uma sombra sobre o já tensionado cenário de segurança pública no Rio de Janeiro, onde a linha entre criminosos e alguns dos encarregados de combatê-los parece cada vez mais tênue. O caso de Ronny Pessanha de Oliveira ressalta a necessidade de vigilância constante e integridade dentro das forças policiais, fundamentais para a restauração da confiança pública e o combate efetivo ao crime organizado na região.