Romário de Souza Faria, o lendário Baixinho que encantou o mundo no futebol, está de volta aos campos. Mais de uma década após pendurar as chuteiras, o ícone do esporte brasileiro, que brilhou na Copa do Mundo de 1994 e é reverenciado tanto no Vasco quanto no Flamengo, fez um movimento surpreendente ao inscrever-se para jogar pelo América Football Club. Mas Romário não retorna apenas como jogador: ele é também o atual presidente do clube.
A inscrição de Romário foi oficializada no Boletim Informativo de Registro de Atletas (Bira) às 11h12 desta terça-feira, marcando um novo capítulo tanto para ele quanto para o clube que agora preside. Embora o registro ainda precise que o contrato seja escaneado para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o anúncio já tem causado grande agitação entre os fãs e admiradores do futebol.
Eleito Senador da República, Romário tem gerido sua carreira política paralelamente aos interesses no futebol. Seu retorno aos campos não é apenas uma jogada de marketing ou uma simples vontade de estar novamente em campo; é uma estratégia pensada para alavancar o América, clube que ele aprendeu a amar através de seu pai, Edevair, e que agora tenta reerguer.
O Baixinho receberá um salário mínimo, o valor obrigatório estipulado em contrato, que ele comprometeu-se a devolver integralmente ao clube como doação. Esta ação reforça sua dedicação e o simbolismo de sua volta, não visando benefício financeiro, mas sim o fortalecimento do América no cenário esportivo.
Romário, que se aposentou oficialmente em 2009 após uma breve passagem pelo mesmo América, terá agora a tarefa de calçar as chuteiras em um contexto muito diferente. Naquela época, sua participação foi curta e marcada mais pelo simbolismo do que pelo rendimento físico. Agora, sob a gestão do técnico Marcus Alexandre, Romário e a equipe técnica trabalharão juntos para definir a melhor forma de aproveitar suas habilidades em campo.
A perspectiva de ver Romário jogando novamente desperta uma nostalgia palpável entre os torcedores, não apenas do América, mas de todo o futebol brasileiro. Sua técnica, visão de jogo e capacidade de finalização foram durante muito tempo referências no futebol mundial, e sua volta é um evento que promete revigorar não apenas a segunda divisão do Campeonato Carioca, mas também trazer visibilidade e entusiasmo para o clube que agora dirige.
Este retorno de Romário ao futebol ativo é um fenômeno raro e encorajador. Demonstra que a paixão pelo futebol não conhece fronteiras de idade ou tempo, e que o amor pelo esporte pode trazer de volta até mesmo aqueles que já haviam dito adeus aos campos. Agora, resta aos fãs aguardarem os próximos jogos do América para ver como o veterano craque se sairá nesta nova fase de sua jornada esportiva e administrativa.
Com o coração no clube e os pés no gramado, Romário não apenas joga, mas lidera pelo exemplo, mostrando que a verdadeira paixão pelo futebol e pelo seu clube não tem prazo de validade. A segunda divisão do Campeonato Carioca, muitas vezes vista apenas como um passatempo por muitos, ganha uma nova dimensão com a presença de um de seus mais ilustres filhos, pronta para escrever mais um capítulo emocionante na rica história do futebol brasileiro.