O Natal, data mais importante para o comércio brasileiro, é comemorado na próxima segunda-feira, mas com a tradição de reunir a família no dia 24, as lojas vivem, durante essa semana inteira, o auge de suas vendas. A pesquisa “Intenção de Compras de Natal 2017”, elaborada pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CDNL), revela que as vendas de presentes devem movimentar cerca de R$51 bilhões neste fim de ano. Entre os itens mais procurados estão roupas, brinquedos, perfumes, calçados e acessórios.
O economista Sérgio Dias reconhece um aumento nas vendas desse ano em comparação ao ano passado, mas ressalta que as pessoas ainda estão bastante precavidas. “As pessoas, diante da crise e das dificuldades que ocorreram em todos os setores da economia, estão adotando um comportamento bastante racional para as compras de Natal. Presentes de alto simbolismo para os amigos e presentes úteis e necessários para os familiares mais próximos. Essa deve ser a tendência de compras. Ainda assim, espera-se que haja um aumento de valor nas vendas neste Natal”, esclarece.
O especialista acredita que mesmo com aumento das vendas, as pessoas devem concentrar a oferta de presentes para as pessoas mais íntimas e não devem comprar itens mais caros que nos anos anteriores. “Não creio que haverá um aumento na quantidade dos presentes desse Natal. As pessoas estão buscando economizar na quantidade de presentes, reduzindo sua lista e concentrando seus recursos financeiros para os presentes dos amigos mais íntimos e familiares diretos”. De acordo com o estudo do SPC e da CDNL, cada consumidor deve comprar entre quatro e cinco itens e os principais presenteados devem ser filhos, maridos/esposas e mães.
A redução no número de pessoas presenteadas beneficia os que permanecerão na lista, pois com menos itens para comprar, os consumidores devem ser mais generosos. “Acredito que a quantidade de presentes deva sofrer uma redução. Por outro lado, o valor unitário dos presentes para o seleto grupo de amigos e familiares tende a aumentar”, estima Dias. Segundo a análise, cada consumidor deve gastar em média R$450,00 com todos os presentes. Ainda segundo o estudo, 52% das pessoas pretende pagar pelos itens à vista e 83% deve realizar pesquisa de preço antes de comprar, a fim de economizar. Dias analisa o aumento das vendas de forma positiva para a economia brasileira. “O impacto é significativo pois a movimentação de recursos financeiros no comércio e serviços irá determinar um aumento nas demandas para a indústria, revitalizando toda a cadeia produtiva”, conclui.
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FONTE: ACICG