Na noite desta sexta-feira (7), o miliciano Rui0 Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como Pipito, foi baleado e morto em uma operação da polícia. Apontado como o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro, Pipito era um dos criminosos mais procurados do estado. A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, ocorrendo na favela do Rodo, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a polícia, Pipito foi atingido durante a ação e socorrido rapidamente, sendo levado para um hospital da região, onde veio a óbito. A operação, que foi fruto de meses de investigações e monitoramento, tinha como objetivo desarticular a liderança da milícia que domina várias áreas da Zona Oeste, extorquindo moradores e comerciantes, além de controlar serviços como distribuição de gás, internet e TV a cabo.
A Draco e a Ssinte têm intensificado suas ações contra as milícias no Rio de Janeiro, que são responsáveis por uma série de crimes, desde homicídios e extorsão até tráfico de drogas e armas. As milícias, compostas majoritariamente por ex-policiais, bombeiros e agentes de segurança, têm se consolidado como uma das maiores ameaças à segurança pública no estado.
A morte de Pipito representa um duro golpe contra a organização criminosa que ele liderava. Considerado um dos líderes mais violentos e influentes, ele era temido e respeitado dentro da comunidade e por outros criminosos. Sua queda pode desencadear uma disputa interna pelo poder, além de represálias contra a população e a polícia.
A operação foi cuidadosamente planejada para minimizar os riscos à população local. Policiais fortemente armados cercaram a favela do Rodo, isolando a área para evitar a fuga de Pipito e de seus comparsas. Houve troca de tiros, mas, felizmente, não há registro de feridos entre os policiais ou moradores.
O delegado responsável pela operação, Rodrigo Oliveira, destacou a importância dessa ação para enfraquecer o poder das milícias no Rio de Janeiro. “Pipito era um dos principais alvos das nossas investigações. Sua morte é um passo significativo na luta contra o crime organizado. Continuaremos trabalhando para desmantelar essas organizações que aterrorizam a população e desafiam a autoridade do Estado.”
Apesar do êxito da operação, a polícia está em alerta máximo para possíveis retaliações por parte dos integrantes da milícia. A população de Santa Cruz e das áreas adjacentes está sendo orientada a colaborar com as autoridades, denunciando qualquer atividade suspeita.
A morte de Pipito pode marcar o início de uma nova fase na luta contra as milícias no Rio de Janeiro. As autoridades estão determinadas a seguir adiante com ações ainda mais incisivas, buscando não apenas prender, mas também eliminar a influência dessas organizações sobre as comunidades.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, elogiou a operação e reiterou o compromisso do estado com o combate às milícias. “Essa vitória é de todos os cidadãos do Rio de Janeiro. Não vamos descansar até que a paz e a segurança sejam restabelecidas em todas as áreas dominadas pelo crime.”
Com a morte de Pipito, a polícia espera desarticular a estrutura da maior milícia do Rio e trazer um pouco de alívio para os moradores que vivem sob o jugo do crime organizado. A luta continua, mas hoje, as forças de segurança do Rio de Janeiro deram um passo importante na batalha contra as milícias.



