O Recreio dos Bandeirantes, conhecido por suas praias paradisíacas e ambiente tranquilo, tem sido palco de uma guerra entre duas das maiores facções criminosas do Rio de Janeiro: o Comando Vermelho (CV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). A disputa sangrenta pelo controle do tráfico de drogas na região da praia do Posto 12 tem deixado moradores e frequentadores em estado de alerta.
Nas últimas semanas, o cenário de violência se intensificou na praça localizada no Posto 12. De acordo com relatos de moradores e frequentadores da área, ao menos três mortes foram registradas em apenas sete dias, resultado direto dos confrontos entre os grupos rivais. O medo tomou conta de quem vive e trabalha na região, impactando o cotidiano de comerciantes, turistas e moradores do Recreio.
O que está em jogo?
O controle do tráfico de drogas na orla do Recreio é o principal motivo do conflito. Por ser uma área frequentada por moradores de alto poder aquisitivo e turistas, o local se tornou altamente lucrativo para as facções criminosas. O CV e o TCP disputam cada centímetro da região, utilizando métodos brutais para afirmar sua presença e eliminar a concorrência.
A violência no Posto 12 reflete um padrão observado em outras áreas do Rio de Janeiro, onde facções utilizam a força para dominar territórios estratégicos. No entanto, o impacto na região do Recreio tem chamado a atenção por ocorrer em uma área que historicamente é vista como segura e de classe média-alta.
Medo e insegurança
Moradores relatam que os tiroteios na praça têm se tornado frequentes, principalmente durante a noite e madrugadas. “A gente não consegue mais sair de casa tranquilo. É assustador ouvir tiros tão perto”, afirmou um comerciante que preferiu não se identificar. Muitos estão evitando frequentar a região do Posto 12, temendo se tornarem vítimas da violência.
Ações policiais
Diante do agravamento da situação, a Polícia Militar tem intensificado as operações na região. No entanto, moradores criticam a falta de resultados efetivos. “A polícia faz algumas incursões, mas logo os criminosos voltam. Parece que a guerra nunca vai acabar”, lamentou um morador da área.
Enquanto a violência persiste, cresce o apelo por mais segurança e ações que possam devolver a tranquilidade ao Recreio. A guerra entre o CV e o TCP no Posto 12 expõe mais uma vez os desafios de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, que impacta não apenas comunidades carentes, mas também áreas nobres da cidade.