“BOPE ESTOURA QG DA MILÍCIA EM ÁREA DE MATA: 9 PRESOS E ARSENAL DE GUERRA APREENDIDO ENTRE RIO DAS PEDRAS E SERTÃO”
Uma operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) resultou na prisão de nove milicianos na tarde desta quinta-feira (23), em uma área de mata densa localizada entre as comunidades do Sertão e Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As duas regiões são conhecidas como redutos do crime organizado, sendo controladas por facções paramilitares.
Durante a incursão, os agentes de elite encontraram um verdadeiro arsenal de guerra escondido no local. Foram apreendidos oito fuzis, duas pistolas e impressionantes 21 granadas. De acordo com fontes policiais, o material seria utilizado para consolidar o domínio da milícia sobre a região e enfrentar possíveis investidas de forças de segurança ou grupos rivais.
A operação
As investigações que levaram à ação começaram há semanas, após denúncias de moradores sobre o aumento de atividades suspeitas na área de mata que separa as duas comunidades. Relatos indicavam que o local estava sendo usado como ponto de encontro e esconderijo para armas e munições da milícia.
Com base nas informações coletadas, o BOPE organizou uma operação de cerco e varredura na região. Utilizando táticas avançadas de infiltração e contando com a cobertura de drones, os agentes conseguiram surpreender os suspeitos que estavam reunidos no esconderijo. Houve um rápido confronto, mas os milicianos acabaram se rendendo diante da superioridade técnica e armamentista da tropa.
Impacto e reações
A apreensão desse arsenal representa um duro golpe contra o poderio bélico da milícia na Zona Oeste, região que enfrenta desafios diários relacionados à violência e à extorsão promovidas por esses grupos. Segundo especialistas em segurança pública, a ação do BOPE enfraquece temporariamente a estrutura criminosa local, mas destaca a necessidade de operações contínuas para desmantelar definitivamente o esquema.
Moradores das comunidades próximas, que preferem não se identificar por medo de represálias, relataram um misto de alívio e preocupação. “É bom ver a polícia agindo, mas a gente sabe que, quando tiram um grupo, outros tentam ocupar o espaço. O medo é constante”, desabafou um morador de Rio das Pedras.
As armas apreendidas e os suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). A polícia segue investigando possíveis conexões entre os detidos e líderes da milícia na região.
Essa operação é mais um capítulo na luta contra a expansão das milícias no Rio de Janeiro, que continuam desafiando as autoridades e aterrorizando a população local.