Suzane von Richthofen, conhecida nacionalmente pelo assassinato de seus pais em 2002, tentou uma vaga no concurso público para escrevente técnico judiciário do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), na comarca de Bragança Paulista. No entanto, a candidata não conseguiu se classificar para a segunda fase do processo seletivo, que é conhecido por sua concorrência acirrada.
O certame em questão oferecia três vagas para o cargo na região e é parte de uma seleção que abrange diversas cidades do estado. A primeira etapa foi composta por uma prova objetiva com questões de múltipla escolha, abrangendo temas como Língua Portuguesa, Direito e Conhecimentos Gerais, entre outros. Apenas os candidatos que atingem a pontuação mínima passam para as fases seguintes, que incluem prova prática e avaliação de títulos.
Suzane, que atualmente cumpre regime aberto após cumprir boa parte de sua pena em regime fechado e semiaberto, busca se reinserir na sociedade por meio do trabalho. Desde que conquistou a progressão de regime, ela já fez cursos de capacitação e realizou diferentes atividades, mas seu nome continua sendo alvo de polêmica e especulação na opinião pública.
Histórico e tentativa de reintegração
O caso de Suzane von Richthofen é um dos mais emblemáticos da história criminal brasileira. Em 2002, aos 18 anos, ela planejou e participou do assassinato dos próprios pais, Marísia e Manfred von Richthofen, com a ajuda de seu então namorado, Daniel Cravinhos, e do irmão dele, Cristian Cravinhos. Condenada a 39 anos de prisão, Suzane cumpriu parte da pena em regime fechado e, mais tarde, obteve o direito de progredir para o semiaberto e, posteriormente, para o regime aberto.
Nos últimos anos, Suzane tentou reconstruir sua vida, investindo em estudos e trabalho. Segundo especialistas, a busca por oportunidades no mercado de trabalho é um passo comum para pessoas em sua situação, mas a notoriedade de seu nome frequentemente dificulta a reintegração plena à sociedade.
Repercussão pública
A tentativa de Suzane em ingressar no funcionalismo público gerou debates nas redes sociais e entre especialistas. De um lado, há quem defenda o direito dela de participar de concursos como qualquer outro cidadão. Por outro, críticos argumentam que o histórico do crime cometido por Suzane pode ser um obstáculo para funções que demandam confiança pública.
O TJSP não emitiu declarações específicas sobre a participação de Suzane no certame, já que informações pessoais dos candidatos são sigilosas. Apesar da reprovação neste concurso, especula-se que Suzane possa buscar outras oportunidades futuras, tanto no setor público quanto privado.