A tragédia que ocorreu na noite desta sexta-feira, na UPA da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, escancarou uma falha grave no atendimento médico. Um homem que chegou lúcido e caminhando à unidade morreu enquanto aguardava atendimento, gerando revolta e uma resposta imediata da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O Secretário de Saúde, Daniel Soranz, foi categórico ao anunciar que todos os profissionais que estavam de plantão no momento serão demitidos, além de responderem a uma sindicância e serem denunciados aos seus conselhos de classe. “É inadmissível não perceberem a gravidade do caso”, afirmou a SMS em nota oficial.
O QUE ACONTECEU?
De acordo com os relatos, o homem chegou consciente à UPA e passou pela triagem, onde foi realizada a classificação de risco. Ele permaneceu aguardando atendimento médico, mas, minutos depois, foi encontrado desacordado na sala de espera. A equipe de saúde foi acionada, mas não conseguiu reverter o quadro. A vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.
A Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar o ocorrido e determinou a análise das imagens das câmeras de segurança e dos registros nos prontuários. O objetivo é esclarecer se houve negligência ou omissão por parte dos profissionais.
REPERCUSSÃO IMEDIATA
A postura do secretário em tomar medidas drásticas diante do caso dividiu opiniões. Nas redes sociais, muitos internautas elogiaram a decisão de demitir os responsáveis, afirmando que a saúde pública precisa de mais rigor e comprometimento. “Parabéns, Secretário! Essa postura é o mínimo diante de uma tragédia como essa”, comentou um seguidor.
Por outro lado, há quem questione se a estrutura da unidade e as condições de trabalho também serão investigadas. “Não adianta apenas punir os plantonistas. E a gestão da saúde? A lotação das unidades? Isso também precisa ser revisto”, ponderou outro usuário.
UMA VIDA PERDIDA
Enquanto as apurações avançam, a morte do paciente levanta uma questão ainda maior sobre a qualidade do atendimento nas unidades públicas de saúde. Casos como este são frequentes e reforçam a necessidade de mudanças urgentes no sistema.
A Prefeitura do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Saúde prometeram transparência no processo de sindicância e garantiram que os culpados serão responsabilizados.
O caso é um lembrete trágico de que a saúde pública precisa ser prioridade. O mínimo que a população espera é dignidade e atendimento de qualidade.
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