“Guerra entre facções assusta moradores do Piraquê, em Guaratiba”
Na madrugada deste sábado (15), o clima de tensão tomou conta da comunidade do Piraquê, em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um confronto violento entre criminosos do Comando Vermelho (CV) e integrantes da milícia local deixou os moradores em pânico. Segundo relatos, o tiroteio durou mais de cinco minutos e foi desencadeado por uma tentativa de invasão dos traficantes ao território controlado pelos milicianos.
De acordo com informações preliminares, os integrantes do CV planejaram a ação para tomar o controle da região, mas foram surpreendidos por uma resistência armada. Os disparos puderam ser ouvidos em diversas partes da comunidade e até em bairros vizinhos, gerando uma madrugada de medo e incerteza para quem vive na área.
Os traficantes, diante da forte oposição, foram obrigados a recuar, frustrando o plano de invasão. Até o momento, não há informações oficiais sobre feridos ou prisões, mas moradores relataram que o confronto deixou marcas nas ruas e nas fachadas de algumas casas.
Clima de medo e insegurança
Moradores descreveram o desespero de passar por uma madrugada inteira de incertezas. “Os tiros começaram de repente, foi muito rápido e intenso. Tivemos que nos jogar no chão para nos proteger”, contou um morador, que preferiu não se identificar. Outro relato descreve como famílias inteiras ficaram abrigadas em banheiros e quartos internos para evitar o risco de serem atingidas.
A disputa pelo controle do Piraquê evidencia a crescente tensão entre facções criminosas e milícias na região de Guaratiba, um território estratégico devido à proximidade com outras comunidades e à possibilidade de ampliação do domínio territorial. Esse tipo de confronto tem sido cada vez mais frequente em diversas áreas da cidade, expondo a vulnerabilidade de quem vive entre essas disputas.
Ação policial?
Apesar da gravidade da situação, até o momento desta publicação, não há informações sobre uma intervenção policial na comunidade após o confronto. A ausência de uma resposta das forças de segurança aumenta a sensação de abandono por parte dos moradores, que convivem diariamente com o medo de novos tiroteios.
As autoridades ainda não se manifestaram oficialmente sobre o ocorrido. A população cobra uma resposta rápida para evitar que episódios como esse se tornem rotineiros e tragam ainda mais insegurança para a região.
Enquanto isso, o Piraquê segue vivendo sob a sombra da violência, dividida entre o domínio das facções e das milícias, em um cenário que reflete a complexidade da segurança pública no Rio de Janeiro.