Miliciano que matou jovem por rejeição é preso em Queimados: fim da caçada ao criminoso que chocou o Rio
O miliciano Rômulo, responsável por dois assassinatos brutais que abalaram a Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi preso neste domingo (15) em Queimados, na Baixada Fluminense. Ele era procurado desde que cometeu os crimes em Rio das Pedras, quando tirou a vida de Raquel, uma jovem que se recusou a manter um relacionamento com ele, e do próprio tio, que se recusou a oferecer abrigo ao criminoso após o primeiro homicídio.
A prisão de Rômulo representa o desfecho de uma intensa operação policial que mobilizou as forças de segurança desde os assassinatos. O caso ganhou ampla repercussão e revoltou a sociedade carioca, trazendo à tona mais uma vez a questão da violência de gênero e o domínio das milícias em diversas regiões do estado.
O crime que chocou o Rio
Raquel, de 22 anos, foi morta de forma cruel em Rio das Pedras. Segundo testemunhas, o miliciano não aceitou ser rejeitado pela jovem, com quem insistia em manter um relacionamento amoroso. Após o crime, ele fugiu, mas buscou refúgio na casa de seu tio, que também negou ajuda ao sobrinho criminoso. Revoltado, Rômulo assassinou o próprio parente a sangue frio antes de desaparecer.
A brutalidade dos assassinatos expôs o perfil violento e implacável do criminoso, conhecido na região por atuar em esquemas ligados a milícias. O caso gerou indignação, principalmente pelo contexto de feminicídio e a frieza com que o miliciano tirou a vida de seu tio.
Fim da fuga
Após meses de investigação e buscas intensas, a Polícia Civil conseguiu localizar Rômulo em uma casa em Queimados. Ele foi preso por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) com apoio do serviço de inteligência. Segundo as autoridades, o criminoso vinha se escondendo em diferentes municípios da Baixada Fluminense, mas foi identificado graças a denúncias anônimas e ao trabalho integrado das forças de segurança.
Rômulo agora responderá pelos dois homicídios, com agravantes de feminicídio e parentesco no caso do tio. A prisão do miliciano reforça o papel fundamental da denúncia anônima e da ação policial para desarticular a atuação de criminosos ligados a milícias.
Clamor por justiça
A prisão de Rômulo representa um alívio para os familiares das vítimas, que pedem justiça e a condenação exemplar do criminoso. O caso reacende debates sobre a segurança pública no Rio de Janeiro e a necessidade de combater a violência contra a mulher e o avanço das milícias em áreas carentes da cidade.
Mais informações sobre o caso serão divulgadas nas próximas horas.