Justiça determina remoção de ‘Million Years Ago’, de Adele, de todas as plataformas após acusações de plágio
Uma decisão histórica da Justiça brasileira determinou a remoção da música “Million Years Ago”, da cantora britânica Adele, de todas as plataformas de streaming. A ordem foi emitida após o compositor Toninho Geraes, renomado no samba nacional, acusar a artista de plagiar seu clássico “Mulheres”, sucesso na voz de Martinho da Vila.
O caso ganhou ampla repercussão nos últimos anos, especialmente por envolver uma das maiores estrelas da música internacional. Segundo Toninho Geraes, “Million Years Ago”, faixa do álbum 25 de Adele, apresenta similaridades evidentes com a melodia de “Mulheres”, lançada em 1995. O compositor afirma que a canção de Adele é uma “cópia disfarçada” de sua obra, que é um marco na música brasileira.
Após análises periciais detalhadas, a Justiça entendeu que há elementos suficientes para determinar a suspensão da execução da música em plataformas como Spotify, Apple Music, YouTube e outras. A decisão inclui ainda a proibição de novas exibições da faixa em shows, programas de TV ou qualquer outro meio de divulgação.
O embate entre David e Golias da música
Toninho Geraes, um dos nomes mais respeitados do samba, explicou que nunca teve a intenção de um confronto direto com Adele, mas sim de buscar o reconhecimento por seu trabalho. Em entrevistas anteriores, ele destacou que a batalha judicial não era contra a cantora em si, mas contra o uso indevido de sua criação.
“Meu objetivo sempre foi defender minha obra. É uma luta de muitos artistas brasileiros que enfrentam dificuldades para proteger suas composições no mercado global,” afirmou o compositor.
Por outro lado, os advogados de Adele e sua gravadora negam as acusações e planejam recorrer da decisão. Eles argumentam que as semelhanças entre as músicas são coincidências e que “Million Years Ago” foi inspirada em experiências pessoais da artista.
Impacto na indústria musical
O caso Toninho Geraes x Adele reacendeu debates sobre direitos autorais e a proteção de obras musicais no cenário global. Para especialistas, a decisão pode abrir precedentes importantes para compositores que enfrentam dificuldades ao confrontar grandes nomes da indústria internacional.
“Essa vitória do Toninho Geraes demonstra que o direito autoral não tem fronteiras e que o plágio, quando comprovado, deve ser punido,” declarou um advogado especialista no tema.
Enquanto a equipe jurídica de Adele trabalha em recursos, fãs de ambos os artistas acompanham de perto os desdobramentos do caso. A remoção de “Million Years Ago” das plataformas já começou a ser implementada e representa uma reviravolta significativa na carreira da cantora britânica.
Essa decisão evidencia que o respeito à criação artística é fundamental, independentemente da fama ou do alcance global de quem está em questão. O próximo capítulo dessa disputa promete marcar um divisor de águas na indústria da música.