A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (data a ser incluída), uma operação em São Paulo com o objetivo de desarticular uma rede de policiais civis suspeitos de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Entre os principais alvos está Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, policial civil que trabalha como segurança particular do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
A operação, cujo nome ainda não foi divulgado, cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão em diversas regiões do estado. De acordo com fontes ligadas à investigação, os agentes envolvidos são suspeitos de facilitar operações criminosas, vazar informações sigilosas e até colaborar diretamente com integrantes da facção.
Rogério de Almeida Felício, figura central no caso, chama atenção não apenas pelo cargo na Polícia Civil, mas também pela sua atuação no setor privado como segurança do famoso cantor sertanejo. Segundo as primeiras informações divulgadas, Rogerinho teria intermediado contatos e fornecido apoio logístico a membros do PCC, em troca de vantagens financeiras. A PF ainda investiga a profundidade do envolvimento do policial com as atividades da organização.
Além de Rogerinho, outros policiais civis estão sendo investigados e alvos de mandados de prisão e afastamento. “A relação entre agentes públicos e o crime organizado é extremamente prejudicial ao combate à criminalidade. Por isso, essa operação busca não apenas punir os envolvidos, mas também desarticular redes de apoio dentro das instituições”, afirmou um representante da Polícia Federal em coletiva de imprensa.
O cantor Gusttavo Lima, por meio de sua assessoria, afirmou não ter conhecimento sobre as suspeitas envolvendo Rogerinho e ressaltou que todas as contratações de seguranças são feitas por intermédio de empresas terceirizadas. “Gusttavo Lima repudia qualquer ato ilegal e confia na Justiça para que os fatos sejam apurados”, destacou a nota oficial.
A operação segue em andamento, e a PF não descarta a possibilidade de novos nomes surgirem ao longo das investigações. O envolvimento de policiais com o crime organizado não é novidade, mas o caso ganha repercussão nacional devido à proximidade de um dos suspeitos com uma das maiores estrelas da música sertaneja no país.
Nos próximos dias, a Polícia Federal deve divulgar mais detalhes sobre as provas coletadas e o andamento das diligências. A expectativa é que o caso traga à tona novos desdobramentos e possíveis ramificações dentro das forças de segurança pública.