A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou à Justiça a prisão preventiva do contraventor Adilson Gomes, conhecido como Adilsinho, por sua suposta participação no assassinato do miliciano Marquinhos Catiri e de seu segurança. O crime ocorreu em 2022, na favela do Guarda, localizada na Zona Oeste da cidade. A solicitação foi feita após a conclusão de uma investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que aponta Adilsinho como o mandante do duplo homicídio.
Segundo os investigadores, Marquinhos Catiri era um dos homens de confiança do bicheiro Bernardo Bello, figura proeminente no submundo do jogo do bicho no Rio de Janeiro. O crime teria sido motivado por disputas de poder e território entre grupos que controlam atividades ilícitas, como jogos de azar e extorsão. De acordo com as autoridades, Adilsinho teria ordenado a execução como uma forma de enfraquecer Bello, seu rival direto no controle das operações criminosas na região.
As investigações revelaram que, no dia do crime, Marquinhos Catiri e seu segurança foram emboscados por um grupo de homens armados enquanto circulavam pela favela do Guarda. O ataque foi rápido e brutal, deixando as vítimas sem chances de defesa. Testemunhas relataram que o grupo fugiu em veículos que, posteriormente, foram encontrados incendiados em áreas próximas, uma prática comum para dificultar a identificação dos envolvidos.
Adilsinho, já conhecido pelas autoridades por seu envolvimento com o jogo do bicho e outras atividades ilícitas, manteve-se na mira da polícia desde o início das investigações. Informações coletadas por escutas telefônicas e relatos de delatores reforçaram as suspeitas de que ele seria o mandante do crime. A prisão preventiva é vista como uma medida essencial para garantir o andamento do processo, já que Adilsinho possui recursos financeiros e influência que poderiam atrapalhar o trabalho das autoridades.
O caso destaca mais uma vez a complexa e perigosa rede de relações entre milicianos e contraventores no Rio de Janeiro, onde disputas por território frequentemente resultam em violência extrema. A Polícia Civil segue em busca de outros envolvidos no crime e tenta mapear as conexões entre os grupos para enfraquecer suas operações.
( adilsinho é contraventor e patrono da escola de samba Grande Rio )
A prisão preventiva de Adilsinho, se autorizada, poderá ser um marco no combate às atividades ilícitas na região. O desdobramento desse caso é acompanhado de perto pelas autoridades e pela população, que espera que a justiça seja feita.