Nesta segunda-feira (23), um policial civil identificado como Rogério, que prestava serviços de segurança particular para o cantor Gusttavo Lima, foi preso em São Paulo. O agente era alvo de investigações e possuía mandado de prisão em aberto por envolvimento em esquemas de corrupção e associação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do Brasil.
De acordo com informações da Polícia Civil, Rogério utilizava sua posição dentro da corporação para facilitar ações ilícitas ligadas ao crime organizado, além de receber propinas em esquemas relacionados ao tráfico de drogas e proteção de líderes da facção. A prisão ocorreu após meses de investigações conduzidas pelo Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE).
Conexão com Gusttavo Lima
O policial atuava de forma independente como segurança particular de celebridades, incluindo Gusttavo Lima, que não tinha conhecimento dos antecedentes criminais do contratado. Em nota, a equipe do cantor afirmou que todos os prestadores de serviço passam por análises rigorosas, mas que Rogério apresentou documentação aparentemente regular no momento de sua contratação.
“Estamos surpresos e indignados com essa informação. Jamais compactuamos com qualquer tipo de irregularidade. A parceria com o citado foi encerrada imediatamente”, diz o comunicado.
Investigação de longa data
Rogério estava sendo monitorado há pelo menos dois anos. As investigações apontaram que ele teria utilizado sua posição na Polícia Civil para acobertar ações do PCC, além de atuar como intermediário em negociações envolvendo propinas para liberação de cargas ilegais.
Além disso, ele também era suspeito de desviar informações sigilosas de operações policiais, repassando-as à facção criminosa. A prisão ocorreu em um condomínio de luxo na zona sul de São Paulo, onde Rogério estava hospedado. No local, os agentes encontraram documentos que reforçam seu envolvimento com o grupo criminoso, além de uma grande quantia em dinheiro não declarada.
Repercussão no meio artístico e policial
A prisão repercutiu negativamente tanto no meio artístico quanto no policial. Representantes da Polícia Civil lamentaram o caso, destacando que episódios como esse prejudicam a imagem da corporação e comprometem a confiança da população.
No meio artístico, a situação também levantou debates sobre os critérios de contratação de seguranças particulares, especialmente em um cenário onde a exposição e o risco à segurança são elevados.
A defesa de Rogério ainda não se manifestou sobre o caso. Ele permanece preso e será transferido para uma unidade prisional em São Paulo, onde aguardará o andamento do processo judicial.