Após 12 dias internada em um hospital de referência no Rio de Janeiro, Juliana Leite Rangel, de 26 anos, segue em recuperação após ser baleada por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma abordagem. Um novo boletim médico divulgado na manhã deste sábado trouxe alívio para familiares e amigos: Juliana não apresenta “sinais de sequelas permanentes irreversíveis”.
O caso de Juliana mobilizou a opinião pública desde que foi amplamente noticiado. Durante uma ação da PRF, ela foi atingida por disparos que geraram graves ferimentos e a levaram a uma internação de emergência. Desde então, sua condição tem sido acompanhada de perto pela equipe médica e pela imprensa, dada a gravidade do ocorrido e as implicações da ação policial.
De acordo com o boletim, Juliana está lúcida, consegue mover braços e pernas, e responde adequadamente a comandos. “Ela está consciente e em franca recuperação. Apesar da gravidade inicial do quadro, até o momento, não identificamos sequelas permanentes irreversíveis”, informou a equipe médica responsável pelo tratamento.
Avanços na Recuperação
Os médicos explicaram que a jovem passou por intervenções cirúrgicas delicadas e que o sucesso dessas operações foi fundamental para evitar danos mais severos. “A resposta positiva aos tratamentos nos surpreendeu positivamente, considerando a extensão dos ferimentos. O fato de ela conseguir movimentar os membros e obedecer comandos é um indicativo de que o sistema nervoso central não sofreu lesões incapacitantes”, destacou o chefe da equipe médica.
Juliana continua recebendo cuidados intensivos, incluindo sessões de fisioterapia e acompanhamento psicológico, essenciais para sua recuperação completa. Apesar do otimismo, os especialistas alertam que o processo de reabilitação ainda será longo e requer paciência.
Investigação em Andamento
Enquanto Juliana luta pela recuperação, o caso segue sob investigação. A ação da PRF está sendo apurada para determinar as circunstâncias que levaram aos disparos. A família da jovem, que se mantém em vigília no hospital, cobra respostas e justiça. “Queremos que os responsáveis sejam punidos e que ações como essa não se repitam. Nossa prioridade é a saúde da Juliana, mas não vamos descansar até que tudo seja esclarecido”, declarou um parente próximo.
A repercussão do caso reacendeu debates sobre o uso excessivo da força policial e o protocolo de abordagem em situações de risco. Organizações de direitos humanos têm acompanhado o desenrolar da situação e pressionado por maior transparência nas investigações.
Juliana ainda não tem previsão de alta, mas o avanço em seu quadro clínico representa uma vitória em meio a um episódio tão traumático. A família segue esperançosa de que ela recupere completamente sua saúde e retome sua vida normal em breve.



