Após mais de um século consideradas extintas no estado do Rio de Janeiro, as antas (Tapirus terrestris) voltaram a ser avistadas em áreas de mata preservada. O reaparecimento desses animais é um marco significativo para a conservação ambiental e destaca o impacto positivo de esforços realizados em prol da recuperação de ecossistemas locais.
O avistamento foi confirmado por meio de armadilhas fotográficas instaladas em uma área de preservação ambiental na região do Parque Estadual do Desengano, no Norte Fluminense. Especialistas acreditam que as antas podem ter retornado graças a projetos de reintrodução e recuperação de habitats conduzidos por organizações ambientais e pelo poder público.
As antas, conhecidas como “jardineiras da floresta”, desempenham um papel fundamental na manutenção da biodiversidade. Elas se alimentam de frutos e ajudam na dispersão de sementes, promovendo a regeneração de florestas. O desaparecimento desses animais no Rio de Janeiro, ocorrido no início do século XX, foi atribuído à caça predatória e à destruição de habitats naturais.
A notícia do retorno das antas é recebida com entusiasmo pela comunidade científica e ambientalistas. “O reaparecimento da anta é um indicativo de que estamos no caminho certo. É um sinal de que a natureza, quando protegida, pode se regenerar”, afirma Mariana Alves, bióloga e pesquisadora do Instituto de Conservação da Biodiversidade.
No entanto, o trabalho ainda está longe de terminar. Especialistas alertam que, para garantir a permanência das antas na região, é necessário intensificar os esforços de preservação. Isso inclui a ampliação de áreas protegidas, o combate ao desmatamento e campanhas de conscientização contra a caça.
O reaparecimento das antas no Rio de Janeiro não é apenas uma vitória para os ambientalistas, mas também uma lição de resiliência da natureza. Ele reforça a importância de preservar os ecossistemas e inspira novas iniciativas para salvar outras espécies ameaçadas no estado e em todo o país.