Na noite desta segunda-feira (14), a violência voltou a assombrar o bairro de Guandú, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um homem identificado como Luiz Carlos, conhecido pelo apelido de “PQD”, foi executado com diversos tiros de fuzil na entrada do bairro, em um crime que chocou moradores e levantou questionamentos sobre o controle da criminalidade na região.
De acordo com informações preliminares, Luiz Carlos seria integrante de um grupo miliciano que atua na região, sendo apontado como um dos líderes da comunidade João XXIII, também localizada em Santa Cruz. O crime, que tem características de execução, reforça o clima de tensão e a disputa por poder entre facções criminosas e milícias na Zona Oeste.
Morte violenta marca a região
O ataque ocorreu por volta das 20h, próximo a uma das entradas do bairro Guandú, área já conhecida pela presença de grupos paramilitares. Testemunhas relataram ter ouvido uma sequência de disparos de fuzil, seguidos de grande movimentação de veículos suspeitos deixando o local em alta velocidade.
Quando as equipes policiais chegaram ao ponto indicado, encontraram o corpo de Luiz Carlos crivado de balas. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes que qualquer socorro pudesse ser acionado.
Contexto da vítima
Luiz Carlos, o “PQD”, era um nome conhecido pelas autoridades e pela população local. Segundo informações apuradas, ele tinha forte atuação na milícia que domina a área do João XXIII, sendo responsável por ações como extorsão de moradores e comerciantes, além de possíveis envolvimentos em disputas territoriais com outros grupos criminosos.
O crime aponta para um possível acerto de contas ou disputa de território, mas as autoridades ainda investigam as motivações exatas e os envolvidos na execução.
Reação e clima na comunidade
Após o ocorrido, o clima na região de Santa Cruz ficou ainda mais tenso. Moradores evitam sair às ruas, temendo novos episódios de violência. “Aqui, ninguém sabe quem é quem. A gente só tenta sobreviver no meio dessa guerra”, relatou um morador que preferiu não se identificar.
A Polícia Civil investiga o caso e busca imagens de câmeras de segurança da área para identificar os responsáveis pelo crime. O episódio reforça a necessidade de uma ação mais incisiva do poder público na região, onde a insegurança e o domínio de milícias dificultam a vida dos moradores.
A execução de Luiz Carlos é mais um reflexo da violência que assola Santa Cruz, evidenciando o perigo constante enfrentado pelos moradores de uma região marcada por disputas de poder entre grupos criminosos.