A cidade do Rio de Janeiro registrou, nesta segunda-feira (27), a primeira morte por dengue em 2025. A vítima, um homem de 38 anos, morava no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste da capital. A confirmação da morte acende um alerta sobre a gravidade da situação, especialmente em regiões como Santa Cruz e o Centro da cidade, que apresentam altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
A dengue, que historicamente apresenta picos durante o verão, tem preocupado as autoridades de saúde devido ao aumento expressivo de casos no município. Até o momento, já foram confirmados quase mil casos da doença, e outra morte segue sob investigação.
Diante desse cenário, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, fez um apelo à população para intensificar os cuidados preventivos. “É importante que todos se mobilizem. Às vezes, um simples vasinho de planta pode estar acumulando água parada e causar risco para toda aquela família e toda aquela região. De cada três pacientes que têm dengue, dois a gente consegue encontrar o foco do mosquito dentro do próprio domicílio”, alertou.
Segundo Soranz, os locais mais frequentes de reprodução do Aedes aegypti identificados nas inspeções foram vasos de planta e calhas entupidas, que acabam acumulando água parada e criando um ambiente ideal para o mosquito se proliferar.
Cenário de alerta e prevenção
A combinação de altas temperaturas e chuvas típicas do verão cria um ambiente propício para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. As autoridades reforçam que a participação ativa da população é essencial para combater a doença.
A Secretaria Municipal de Saúde tem intensificado as ações de combate, promovendo mutirões de vistoria em bairros mais afetados e campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância da eliminação de criadouros. No entanto, o número crescente de casos indica que os esforços precisam ser redobrados.
Para evitar novos casos e possíveis mortes, as recomendações são simples, mas exigem comprometimento diário:
- Evitar o acúmulo de água parada em recipientes como vasos de plantas, garrafas, pneus e calhas;
- Manter caixas d’água bem tampadas e limpas regularmente;
- Descartar corretamente o lixo, evitando objetos que possam servir como criadouros do mosquito;
- Usar repelentes e instalar telas de proteção nas janelas;
- Ficar atento aos sintomas da dengue, como febre alta, dores musculares, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
Situação crítica em Campo Grande e Santa Cruz
Os bairros de Campo Grande e Santa Cruz, ambos na Zona Oeste, lideram os índices de infestação do Aedes aegypti, colocando seus moradores em situação de maior vulnerabilidade. O Centro da cidade também registra uma alta preocupante, exigindo ações emergenciais para conter o avanço da doença.
Moradores dessas regiões relataram preocupação com a falta de limpeza em terrenos baldios e áreas públicas, onde o lixo acumulado facilita a proliferação do mosquito. “A gente faz a nossa parte em casa, mas tem muito mato e lixo acumulado nas ruas, o que acaba favorecendo a dengue”, disse uma moradora de Campo Grande.
Autoridades reforçam o alerta
Com o aumento de casos e a confirmação da primeira morte, a Prefeitura do Rio reforça a necessidade de atenção redobrada e da colaboração de todos no combate à dengue.
“Não podemos subestimar essa doença. Pequenos cuidados fazem uma grande diferença para proteger nossas famílias e vizinhos. Estamos intensificando o trabalho, mas contamos com a ajuda da população”, finalizou o secretário Daniel Soranz.
A população pode denunciar possíveis focos do mosquito pelo telefone 1746, canal oficial da Prefeitura para ações de saúde pública.