Na noite desta terça-feira (4), uma confusão tomou conta da rodoviária de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De acordo com testemunhas, um funcionário de uma empresa de ônibus teria agredido um trabalhador que foi cobrar melhorias no transporte público, especificamente a circulação de mais veículos na linha 802.
A cena gerou revolta entre os passageiros que aguardavam no terminal. Segundo relatos, a insatisfação com a linha 802 já era grande devido à longa espera e à superlotação dos coletivos. O trabalhador agredido teria questionado a falta de ônibus e pedido providências, mas a resposta foi violência em vez de diálogo.
Uma testemunha presente no momento da confusão relatou o ocorrido:
“Hoje, na rodoviária de Campo Grande, um segurança agrediu um trabalhador que estava cobrando mais ônibus para a linha 802. Há um descaso com os moradores do Rio da Prata, pois mudaram a linha 802 para a 864, enquanto a fila do 802 continuava lotada.”
Problema recorrente no transporte público
A linha 802, que atende a região do Rio da Prata, é alvo frequente de reclamações. Passageiros denunciam que a frota disponível é insuficiente para atender a demanda, resultando em filas longas, coletivos lotados e muita espera. A mudança de itinerário e a migração forçada para a linha 864 agravaram ainda mais a situação, deixando moradores sem alternativas adequadas.
Além da superlotação, usuários apontam a falta de organização e transparência por parte das empresas responsáveis. Muitas vezes, a população fica sem informações claras sobre mudanças nas linhas, horários e intervalos entre os veículos.
Revolta e pedidos de providências
Após a confusão desta noite, passageiros se mobilizaram nas redes sociais para denunciar o ocorrido e cobrar uma resposta das autoridades. A agressão ao trabalhador que reivindicava melhorias no transporte público só aumentou a indignação da população.
Moradores da região exigem providências imediatas, tanto para a melhoria no atendimento das linhas de ônibus quanto para a responsabilização dos envolvidos na agressão. Além disso, esperam que a prefeitura e os órgãos competentes fiscalizem a atuação das empresas de transporte e garantam que os usuários tenham um serviço digno.
A equipe de reportagem entrou em contato com a empresa responsável pela linha 802 e aguarda um posicionamento sobre o ocorrido. Também buscamos informações junto à Secretaria Municipal de Transportes para entender quais medidas serão tomadas diante das denúncias.
E agora?
O episódio reforça a insatisfação dos moradores de Campo Grande e do Rio da Prata com o transporte público da região. A falta de ônibus, as mudanças repentinas nas linhas e agora um caso de agressão tornam o cenário ainda mais preocupante.
Enquanto os usuários continuam sofrendo com a precariedade do serviço, a pergunta que fica é: até quando a população terá que enfrentar esse descaso?