A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro alcançou uma marca expressiva no combate ao crime organizado: 116 fuzis apreendidos nos primeiros 45 dias de 2025. O dado representa uma média superior a dois armamentos retirados das ruas por dia, um reflexo direto das operações intensificadas em diversas regiões do estado.
As apreensões têm ocorrido principalmente em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e facções criminosas, onde esses armamentos de alto calibre são amplamente utilizados. Os fuzis, considerados armas de guerra, representam um dos maiores desafios para as forças de segurança do Rio de Janeiro, pois são utilizados em confrontos entre grupos rivais e contra as próprias autoridades.
O comandante-geral da PM, coronel Luiz Henrique Marinho, destacou a importância desse resultado para a segurança pública. “Cada fuzil apreendido representa uma vida salva. Estamos trabalhando incansavelmente para reduzir o poder de fogo das organizações criminosas e devolver a tranquilidade à população”, afirmou.
Fuzis nas mãos do crime
A presença de fuzis nas mãos de criminosos é um problema histórico no Rio de Janeiro. Essas armas chegam ao estado por meio do contrabando internacional, atravessando fronteiras até chegarem a favelas e comunidades. O arsenal é utilizado para confrontar rivais e coibir ações policiais, tornando-se um dos principais obstáculos no enfrentamento da violência.
Especialistas em segurança apontam que a apreensão em larga escala desses armamentos é essencial para frear a escalada de crimes violentos, como roubos de carga, assaltos e homicídios. “A retirada desses fuzis das ruas reduz significativamente a capacidade de ataque das facções. Isso impacta diretamente na queda de tiroteios e mortes violentas”, explica o pesquisador da área de segurança pública João Ricardo Costa.
Ações da PM intensificadas
Nos últimos meses, a Polícia Militar tem adotado estratégias mais agressivas para coibir o tráfico de armas, incluindo investigações aprofundadas sobre as rotas do contrabando, maior integração com as forças federais e o uso de tecnologia de ponta para identificar esconderijos de armamentos.
As operações policiais também têm sido mais frequentes em pontos estratégicos do estado, resultando em confrontos e apreensões de grande porte. Recentemente, em uma ação na Zona Norte do Rio, a PM localizou um esconderijo com 12 fuzis e grande quantidade de munições, evidenciando a magnitude do problema.
Impacto na segurança pública
A população tem sentido os reflexos das apreensões. Moradores de regiões afetadas pela violência relatam uma sensação de segurança maior após a retirada desses armamentos das mãos dos criminosos. “Antes, a gente vivia com medo de um tiroteio a qualquer momento. Agora, percebemos uma redução na intensidade dos confrontos”, conta um morador da comunidade da Maré, na Zona Norte.
Apesar dos avanços, especialistas alertam que a luta contra o tráfico de armas deve ser constante e envolver ações coordenadas entre os governos estadual e federal. O combate ao crime organizado exige investimentos em segurança, inteligência policial e controle de fronteiras para impedir que novas armas cheguem ao estado.
A marca de 116 fuzis apreendidos em apenas 45 dias é um marco positivo para a Polícia Militar e um passo importante na busca por um Rio de Janeiro mais seguro. A esperança agora é que a tendência de apreensão continue crescente e que os efeitos desse trabalho sejam refletidos na queda dos índices de criminalidade em todo o estado.