A noite de ontem foi marcada por um incidente trágico que abalou a comunidade do Morro da Primavera, em Cavalcanti. Pelo menos três criminosos, entre eles dois conhecidos pela participação ativa no tráfico de drogas, perderam a vida após uma granada explodir na casa onde estavam dormindo. A explosão matou na hora o Capetinha, o Pimenta, o Treze e o Menorzinho, membros do temido tráfico do TCP (Terceiro Comando Puro). A violência e a rivalidade entre facções na Zona Norte do Rio de Janeiro continuam a aumentar, colocando em risco a vida de quem mora nessas regiões.
O episódio aconteceu durante a madrugada de sexta-feira (16), quando, segundo informações de moradores locais, os criminosos estavam descansando na residência localizada no topo do Morro da Primavera, área dominada por traficantes aliados ao TCP. A granada, de origem desconhecida, teria sido lançada diretamente contra o imóvel, causando uma explosão devastadora. Não houve tempo para reação, e as vítimas morreram no local.
A tragédia também deixou outros criminosos feridos, que foram socorridos e levados para hospitais da região. O impacto da granada foi tão forte que, além dos mortos, a casa foi parcialmente destruída, causando uma onda de pânico entre os moradores do morro. A explosão gerou tensão nas comunidades vizinhas, com moradores temendo represálias por parte de facções rivais que disputam o controle do tráfico de drogas na região.
O Capetinha, um dos principais alvos da ação, era conhecido por sua atuação direta nas investidas do TCP contra o Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho. O bairro é um reduto de intensa disputa entre facções criminosas, com constantes tiroteios e incursões policiais. Juntamente com o Pimenta e o Menorzinho, ele estava à frente das investidas no Morro do Juramento, aumentando a pressão sobre o local e gerando uma onda de violência que afetou diretamente os moradores da região.
A morte de figuras tão proeminentes do tráfico de drogas abre espaço para especulações sobre a possibilidade de uma guerra interna entre facções ou um ajuste de contas com rivais. As forças de segurança do Rio de Janeiro ainda não têm informações sobre quem teria sido responsável pela explosão, mas uma das linhas investigativas aponta para um possível ataque de facções inimigas, como o Comando Vermelho, que lutam pelo controle das favelas da Zona Norte. O uso de granadas em confrontos entre facções tem se tornado cada vez mais comum, refletindo a escalada da violência no estado.
A polícia do Rio de Janeiro segue investigando o caso, mas até o momento, não há prisões relacionadas ao incidente. A morte desses criminosos representa mais um capítulo na guerra do tráfico no Rio, uma batalha sem fim que segue impactando diretamente a vida dos moradores das comunidades cariocas. Ao mesmo tempo, a explosão serve como um alerta sobre o aumento da violência e o uso indiscriminado de armamentos pesados pelas facções, colocando em risco a vida de inocentes em áreas já tão vulneráveis.
O caso continua a ser acompanhado pelas autoridades, que tentam descobrir mais detalhes sobre o ataque e, principalmente, a origem da granada que ceifou as vidas de mais três indivíduos envolvidos no crime organizado.